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Resposta à altura

Merkel rebate Trump e defende direito alemão de tomar decisões

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Pedro Nascimento, Edição

A chanceler alemã, Angela Merkel, rebateu Donald Trump e defendeu nesta quarta-feira, 11, o direito da Alemanha de tomar decisões próprias. A declaração foi uma resposta à crítica do presidente americano de que o governo alemão é refém da Rússia pela necessidade que tem de comprar gás.

Moscou é considerada a principal ameaça à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Líderes das nações que assinaram o pacto se reúnem nesta quarta-feira em Bruxelas.

“Eu mesma vivenciei uma parte da Alemanha controlada pela URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Estou muito satisfeita que hoje estejamos unidos em liberdade como República Federal da Alemanha e possamos tomar decisões independentes”, disse Merkel.

Horas antes, durante reunião com o secretário-geral da Otan, Trump havia criticado a maior economia da Zona do Euro. Segundo ele, a Alemanha é um “país rico” que não gasta o suficiente com Defesa e investe muito dinheiro no gás russo.

“Eles pagam milhões de dólares à Rússia e nós temos que defendê-los contra a Rússia”, reclamou o presidente, acrescentando que o país é “prisioneiro da Rússia porque recebe muito de sua energia”.

Os Estados Unidos atualmente têm 3,5% de seu PIB destinado à Defesa, valor que representa dois terços do total entre os 29 aliados do tratado. Por meio de declarações durante a cúpula, Trump estabeleceu sua prioridade de vender gás natural para os europeus.

A Alemanha destina 1,24% de seu PIB aos gastos militares. Merkel reiterou seu compromisso de cumprir a meta estabelecida na cúpula de Gales, de 2014, quando os países acordaram em avançar seus gastos com Defesa para 2% até 2024.

Anteriormente, Trump havia criticado seu aliados por ainda não cumprirem a meta. “Os EUA estão pagando muito”, declarou. “Não é justo para os contribuintes.”

Além da questão orçamentária, Merkel defendeu o papel da Alemanha na Otan como a “segunda maior fornecedora de tropas” e “muito comprometida no Afeganistão”. “Portanto, também defendemos os interesses dos Estados Unidos”, ressaltou a chanceler.

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