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Mídia cria mundo imaginário de que inferno é aqui para ajudar no impeachment

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Valter Xéu

Logo após a primeira vitória de Dilma, substituindo Lula, setores da direita no Brasil começaram a desenhar um golpe no sentido de barrar a ascensão do PT que com os oito anos de Lula e mais quatro de Dilma e provavelmente mais quatro de uma segunda eleição, se somaria um total de 16 anos, ainda contando com a provável volta de Lula com uma eleição em 2018 e uma provável reeleição em 2022, o que poderia se configurar em 24 anos de mando petista, ou seja, quase um quarto de século no poder.

Por tradição, a elite brasileira sempre se posicionou-se contra as decisões governamentais de favorecimentos as classes populares, como facilidades para entra em uma universidade, sistema público de (saúde (SUS), programa como o bolsa família e a minha casa minha vida. Médicos, que por certo esvaziou junto com o SUS os consultórios médicos particulares, todos eles dominado por uma elite burguesa.

O PMDB – O partido apesar de ser o maior, nunca conseguiu eleger um presidente pelo voto direto e quando teve um, foi o Sarney, vice de Tancredo que veio a falecer antes da posse cuja eleição se deu pela via indireta.

De lá para cá o PMDB sempre amargou a ser um partido de base de sustentação ao governo, com indicações de vários ministérios e estatais endinheiradas.

No governo Dilma o PMDB tanto no primeiro quanto no segundo mandato, chegou à vice-presidência e daí começou a acelerar um processo que lhe permitisse chegar de fato ao poder de comando do País.

Para isso se alinhou com os setores econômicos, com o judiciário onde existe uma seria de acusações de corrupção contra membros do partido, com a mídia e com forças externas tipo os EUA que nunca viu com bons olhos países fortes e independentes na América Latina.

A CRISE ECONÔMICA – Desde a posse de Dilma no segundo mandato que o Congresso (Câmara e Senado) procurou de todas as maneiras engessar o governo eleito democraticamente com mais de 54 milhões de votos, não aprovando nenhuma das medidas enviadas ao parlamento no sentido de fazer frente a uma crise econômica que já vinha tirando o sono de vários países do mundo.

Com o apoio dos outros partidos como o DEM, PPS, PP, o evangélico PRB e PSDB todos passaram a fustigar o governo sendo que o PSDB teve o seu candidato Aécio Neves derrotado por Dilma, eles juntara-se ao PMDB e daí por diante começaram a desfilar um rosário de acusações contra o partido dos trabalhadores como corrupção na Petrobras e etc.

Corrupção na maior estatal do país existe desde a sua fundação por Getúlio Vargas, sendo que no governo foi no próprio governo do PSDB com Fernando Henrique Cardoso eu a maioria dos acusados de corrupção foram nomeados.

Os partidos da oposição e ate mesmo os da base aliada ao governo, procuraram de todas as maneiras fomentar uma situação em que pudessem retirar do cargo a presidente eleita e ai fizeram alianças com o judiciário, e setores financeiros que não viam com bons olhos as ações do governo pra a valorização dos trabalhadores, como carteira assinado para as empregadas domesticas e etc.

O governo do PT desde que chegou ao poder desaprendeu a dialogar com as massas e também não fez nenhuma ação de organiza-las para uma eventual queda de braço com a elite burguesa e de direita no país, como fez Chávez na Venezuela que organizou as massas menos favorecidas e sempre que a direita vai para as ruas protestar contra Maduro, as massas chavistas vão para as ruas em defesa do governo.

No Brasil o governo do PT entregou a sua comunicação a jornalistas ligados a Globo como Helena Chagas que era da equipe do Jornal Nacional ou figuras da revista Veja, pois assim acreditava que teria uma certa paz desses veículos e o que se viu foi justamente o contrário.

O governo errou em não mostrar para o povo brasileiro que a crise aqui era uma crise criada e manipulada para enfraquecer o governo e levar o país ao caos forçando uma renúncia da presidente ou até mesmo um golpe como realmente foi feito.

Criram uma assombração com os 11 milhões de desempregos como se isso fosse de responsabilidade total do governo e não da conjuntura internacional e das ações do juiz Sergio Moro empastelando as principais empresas de construção civil o que provocou a demissão de centenas de milhares de trabalhadores.

Bastava o governo apresentar alguns dados para desmascarar esta afirmativa. Por exemplo, a Espanha que tem 46 milhões de habitantes tem mais de dez milhões de desempregados, o Brasil com uma população de 200 milhões tem 11 milhões e perguntar quem está em pior situação?

Outros países com a Grécia, Itália, França, Portugal, e o próprio EUA estão passando por serias crises econômicas, sendo que os norte-americanos estão a provocar conflitos pelo mundo no sentido de alimentar a venda de armamentos das suas inúmeras empresas.

O PT se omitiu e cada vez mais a mídia fortalecia a ideia de que lá fora era um mundo maravilhoso e que o inferno era aqui, apesar de nenhum banco ter quebrado e nenhuma grande empresa ter sido fechada.

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