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Montadoras demitem 14 mil e geram tensão entre os metalúrgicos

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Sem perspectiva de melhora, o setor automotivo segue exibindo números negativos. Desde abril do ano passado, as montadoras já fecharam mais de 14 mil postos de trabalho. Este ano, de acordo com dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), já são quase cinco mil demissões. Temerosos, os metalúrgicos começam a preparar manifestações em massa.

A associação afirma que o setor conta atualmente com 139, 6 mil trabalhadores, mesmo número de 2011. A estimativa é que esse contingente seja usado na fabricação de quatro milhões de veículos, mas a produção deve cair para 2, 8 milhões, o que provavelmente significará mais demissões.

Em todo o país, cerca de 17 mil trabalhadores estão em férias coletivas ou lay off, com o contrato de trabalho suspenso. A incerteza leva os metalúrgicos a fazerem greves e paralisar a produção das fábricas – como ocorreu em São Bernardo do Campo, com a Volkswagen e a Mercedes, em São José dos Campos, com a General Motors, em Taubaté, com a Ford, e com a Volvo de Curitiba -, mas a falta de perspectiva de melhora na economia não deve ajudar os funcionários a recuperar as vagas.

A situação se torna mais obscura ainda quando se observa que o Brasil, nos últimos anos, foi muito bem visto pelos investidores. Com mão de obra barata e incentivos fiscais concedidos pelo governo, as empresas foram campeãs, entre 2006 e 2013, em mandar remessas de lucro ao exterior. O ponto alto ocorreu em 2008, quando US$ 5,6 bilhões foram enviados para suas matrizes lá fora.

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