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MPF quer acabar com os favores e jeitinhos para amigos do Confea

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Supostos desmandos enraizados na sede do Confea, que se espalharam como uma erva daninha pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia, estão prestes a ser ceifados. Isso acontece justamente no momento em que a categoria, que reúne cerca de 1 milhão de profissionais em todo o País, se movimenta para trocar o comando nacional da sua entidade de classe.

Um exemplo cabal na busca pela moralização está no atendimento a uma recomendação do Ministério Público Federal, para que os Creas realizem concursos públicos inclusive para para a contratação de estagiários.

É um golpe duro, indireto, no Conselho Federal, cujo presidente José Tadeu da Silva, que tenta se perpetuar no cargo, usa e abusa de manobras para apadrinhar grupos não apenas no Confea, como de resto nas unidades regionais que seguem sua intempestiva orientação.

Um projeto que teve o embrião em São Paulo, por iniciativa do Ministério Público Federal, ganha corpo. E normas previamente aprovadas determinam que a contratação e manutenção de servidores, ressalvados casos especiais, serão submetidos a concurso público. Além disso, deve ser contemplada a reserva de vagas para portadores de necessidades especiais.

A postura do MPF é abraçada por José Eduardo de Paula Alonso, ex-presidente do Crea-SP, e principal opositor de José Tadeu na disputa pela presidência do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. As eleições para o Confea e Creas serão realizadas no dia 19. A expectativa é a de que as chapas moralizadoras façam uma limpeza geral no quadro atual.

As mudanças agora preconizadas são uma iniciativa da procuradora da República Thaméa Danelon Valiengo. Foram feitas a partir de um inquérito civil público instaurado para apurar irregularidade na contratação de estagiários de direito para a autarquia sem a realização de processo seletivo público.

De acordo com a recomendação do MPF, as futuras contratações de estagiários do Crea devem ser precedidas de concurso com a elaboração de edital com as regras pertinentes, com ampla publicidade durante todas as etapas. E, mais importante: sem mudança nas regras depois de o jogo iniciado, como se verifica atualmente. Inclusive para as eleições que estão movimentando os engenheiros.

Karla Maranhão

Publicado originalmente em naredecomjoseseabra.com.br

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