Curta nossa página


Proposta do Planalto

‘Morre-se menos no Brasil; vamos todos trabalhar’

Publicado

Autor/Imagem:
Pedro Rafael Vilela - Mário Camargo, Edição

O Palácio do Planalto começa a montar uma estratégia para mostrar ao brasileiro que está na hora de voltar ao trabalho, com a consequente quebra do modelo atual de isolamento social. O sinal foi dado em entrevista dos generais Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). Segundo os dois auxiliares diretos do presidente Jair Bolsonaro, é preciso mostrar que, proporcionalmente, no Brasil morre-se bem menos gente vítimas da Covid do que em outros países.

Segundo dados da Presidência, numa comparação do Brasil com outros sete países, o número de óbitos por milhão de habitantes é 58,6 no caso brasileiro, mas chega a 691,7 na Bélgica; 524,9 na Espanha; 424,4 no Reino Unido; 422,6 na Itália; 369,1 na França; 200,5 no Estados Unidos; e 79 na Alemanha. A comparação foi feita a partir do centésimo caso da doença notificado em cada país.

“Essa fotografia evidencia que o Brasil, no seu 61º dia após o centésimo caso, apresenta um número de óbitos acumulados proporcionalmente bastante inferior. Esse resultado se deve exatamente às medidas adotadas [pelo governo]”, afirmou Braga Netto.

Um estudo da universidade norte-americana Johns Hopkin, que analisa dados absolutos, coloca o Brasil em sexto lugar tanto em número de casos confirmados da covid-19 (218 mil) quando em número de óbitos (14,8 mil), ficando atrás de Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália.

Para o ministro Luiz Eduardo Ramos, pelo fato de o Brasil ser um país continental, a comparação com outras nações, com menor população, distorce a realidade da pandemia. “Considerando a população, o Brasil está atrás de praticamente todos esses países. Não estou minimizando as mortes (…), mas é importante que nós tenhamos consciência quando estamos noticiando”, afirmou.

Ramos ainda citou o número de mortes por ano no país, por diversas causas, para argumentar que não se deve causar um “clima de terror” no Brasil.

“Todo mundo aqui deve andar de carro ou de ônibus, pratica esporte. A média de mortes, por ano, de queda, afogamento, acidente automobilístico, lesões provocadas de toda ordem: 164 mil mortes. Os números são impactantes, mas nem por isso é instaurado um clima de terror”, pontuou.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.