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Fechado com os árabes

Moscou bate na mesa e cobra criação do Estado palestino

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Autor/Imagem:
Egor Shapovalov/Via Sputniknews - Foto Divulgação

A Rússia decidiu bater na mesa: a crise no Oriente Médio só acaba com o reconhecimento de Israel da criação de um Estado palestino. Essa posição de Moscou foi revelada pelo ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, após uma reunião com seu homólogo do Kuwait, xeique Salem Abdullah Al-Jaber Al-Sabah.

Segundo o chanceler russo, Moscou está empenhado em dialogar com Israel e com a Palestina, “sublinhando a importância de manter uma abordagem equilibrada, a fim de contribuir ativamente para acabar com o processo de colonização de Israel.

Nesse sentido, antecipou o ministro, Moscou apoiará a solução dos estados árabes para a solução do conflito Palestino-Israel, “que passa necessariamente pela criação e reconhecimento do Estado palestino”.

“Discutimos (com Abdullah Al-Jaber) iniciativas que foram apresentadas e que serão implementadas nos próximos dias, incluindo a realização da cimeira da Liga Árabe e da cimeira Árabe-Africana sobre o problema de Gaza”, disse Lavrov.

Ele acrescentou que a Rússia sempre confiou em “decisões, opiniões e avaliações dos países regionais ao considerar um determinado conflito”. Lavrov frisou que “será de fundamental importância para nós descobrirmos a opinião comum do mundo árabe”.

O chanceler sublinhou que a Rússia “fará o seu melhor” para facilitar a implementação dos planos e iniciativas que serão formulados pelos países regionais. “Confiamos plenamente neles em termos de garantir a paz e a estabilidade em Gaza e apoiaremos a ‘solução árabe’ nesta questão tão complicada”, acrescentou.

Lavrov também deixou claro que “tal como o Kuwait, a Rússia condena e rejeita categoricamente quaisquer atos terroristas, bem como o uso indiscriminado da força contra civis e a tomada de reféns”. Nada, porém, se equipara a evitar as tentativas de “torpedear as perspectivas de criação de um Estado para o povo palestino”.

Por fim, sentenciou o chanceler, a Rússia vê com cautela os planos de reassentamento de residentes da Faixa de Gaza noutros países, como sugeriu Israel, para a transferência dos palestinos de Gaza para o Sinai, no Egito. “Isto não garantirá nem a paz nem a segurança na região”, sublinhou.

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