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'Problema deles'

Mourão põe pano quente na crise e afasta caso Coaf do Planalto

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

O general Hamilton Mourão, que assume na noite deste domingo, 20, a Presidência da República durante a viagem de Jair Bolsonaro ao Fórum Mundial de Davos, na Suíça, tentou acalmar os ânimos políticos em entrevista à Agência Reuters: O caso envolvendo as movimentações financeiras atípicas do senador eleito Flávio Bolsonaro e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz não é assunto do governo. Ponto. E fechas aspas.

Mourão foi claro ao lembrar que o governo do qual ele faz parte teve início há apenas 20 dias. Consequentemente, não é (o caso de Flávio e seu ex-assessor) um assunto que possa ser diretamente ligado ao Palácio do Planalto, embora um dos supostamente envolvidos seja filho do presidente da República.

“É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo”, sublinhou o vice-presidente. Para Mourão, é preciso aguardar o andamento dos fatos e investigações antes de se tirar conclusões.

Flávio Bolsonaro é investigado na esfera cível da Justiça do Rio de Janeiro por suspeita de movimentação atípica detectada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras. O Coaf identificou 48 depósitos de 2 mil reais entre junho e julho de 2017 e um pagamento de pouco mais de 1 milhão de reais de um título bancário da Caixa Econômica Federal na conta de Flávio Bolsonaro, deputado estadual pelo Rio e eleito senador.

Por sua vez, Queiroz chegou a movimentar em sua conta, além de 1,2 milhão de reais já divulgados, outros 5,8 milhões de reais, totalizando 7 milhões de reais em três anos. Procurada, a assessoria de imprensa de Flávio Bolsonaro disse que o senador eleito não comentaria o assunto.

Na mesma entrevista à Reuters, Mourão elogiou o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta a reeleição para o comando da Casa. Maia já obteve apoio de vários partidos, incluindo o PSL de Bolsonaro.

“O Rodrigo Maia tem noção do tamanho do problema (do País)”, disse. O vice-presidente também afirmou não ver problema na escolha de um deputado novato, major Vitor Hugo (PSL-GO), para ser o líder do governo na Câmara, conforme anúncio feito recentemente.

“Vitor Hugo tem capacidade e competência para essa missão”, avaliou ele. Ao ser questionado como ficaria a reforma da Previdência para as Forças Armadas, Mourão declarou que “os militares estão discutindo o tema com a equipe econômica”, pontuou o general Mourão.

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