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Cuidando com carinho

Móveis na área externa dão sofisticação, mas…

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Autor/Imagem:
Marcelo Hermsdorf

O verão está aí e usufruir das áreas externas, ou quase, da casa passa a fazer parte da rotina, de modo que equipá-las bem acaba se tornando preocupação de primeira ordem. Porém, em se tratando de móveis destinados a decorar esses espaços, todo o cuidado é pouco. Afinal, de uma forma ou de outra, eles ficarão expostos a fatores naturais de difícil controle, tais como umidade, sol e vento.

Nas varandas abertas, dependendo da incidência do sol e calor, o tipo de móvel precisa ser diferente, afirma João Paulo Sanches, diretor comercial da Dunelli. Já, as que permanecem a maioria do tempo fechadas podem receber mobiliário idêntico ao utilizado nos interiores, embora ao abrigo da incidência direta de luz, por longos períodos.

No extremo oposto, móveis para piscina são os que exigem resistência maior, encontrada em materiais como o alumínio ou a fibra sintética trançada. Outro fator a ser considerado é o mobiliário ficar exposto ao sol o tempo todo.

Para quem dispõe de um jardim ou quintal, o ideal é contar com peças que possibilitem a utilização coletiva destes espaços. Daí a importância de prever áreas de sombra equipadas com móveis mais flexíveis.

“As condições climáticas são bem diferentes em uma área coberta e vedada e outra totalmente aberta. O mobiliário deve estar adaptado à cada situação”, afirma Marcio Takada, representante de produtos da Dpot.

Apesar de todas essas condicionantes, longe vai o tempo em que a exigência de padrões superiores de resistência acabava por comprometer a beleza do móvel. O uso de cores, por exemplo, se ampliou muito. “O preto, que antes praticamente inexistia em móveis do gênero, passou a ser muito usado e vai bem com tudo. O vermelho, o azul-marinho e o verde são opções para quem não quer errar”, afirma a arquiteta Ieda Korman.

Tecidos coloridos estão também na ordem do dia, ainda que, ao contrário dos neutros, possam se deteriorar com maior facilidade, ficando mais opacos. “Tons mais rebaixados envelhecem melhor, mas eu prefiro um que dure menos a um que não faça diferença”, afirma a arquiteta Ana Veirano, da RAP Arquitetura.

Quanto à estrutura dos móveis, segundo ela, a madeira continua muito bem-vinda em seus projetos, mas se a incidência de sol for muito grande, a opção é pelo alumínio, ainda que submetido a pintura eletrostática. Já o arquiteto Lucas Padovani destaca que a qualidade global do móvel brasileiro para áreas externas cresceu muito nos últimos anos. “Eles estão visivelmente mais sofisticados, visual e tecnologicamente falando. Não surpreende que têm sido valorizados dentro e fora do País.”

Tanta evolução, claro, tem um preço que não raro ultrapassa o de peças para interiores. “Um sofá convencional tem estrutura de sarrafo, que é mais barato, enquanto os de área externa têm de ser de alumínio ou cumaru”, como afirma Marcelo Yamasitas, da Donaflor Mobília.

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