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Movimentos sociais prometem desestabilizar um eventual governo Temer

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Bartô Granja, Edição

As principais centrais sindicais do País ainda não definiram as próximas ações após a decisão da Câmara em aprovar a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas algumas falam em questionar a legitimidade de um eventual governo Michel Temer.

A CUT, por exemplo, avalia em reuniões nestas terça e quarta, 19 e 20, com outros grupos contrários à saída da presidente, como a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo, medidas para pressionar o Senado a votar contra o impeachment.

A mobilização no setor de transportes está mais avançada. Na Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística, o diretor João Paulo Estausia garante que o movimento sindical não reconhecerá um governo Temer. “Ele não tem legitimidade para assumir. Se isso ocorrer, vamos desestabilizar o novo governo”, afirma.

Na Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), aliada da CUT, está sendo programada uma manifestação no 1º de Maio “para derrubar a ponte e garantir o futuro do País”, disse Adilson Araújo, presidente da entidade. Ele faz referência ao programa “Uma ponte para o futuro”, do PMDB. “Vamos lutar muito para barrar o processo de impeachment”, sustenta.

A Força Sindical, comandada pelo deputado do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, optou por não se posicionar contra ou a favor do impeachment porque seus filiados estão divididos. “Estamos preocupados com ações do meio empresarial junto a um possível novo governo com propostas contra os interesses dos trabalhadores”, declarou João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da entidade. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) também não declarou apoio aberto contra ou a favor do afastamento de Dilma.

Já os petroleiros estudam entrar em greve geral em reação à vitória do impeachment no Congresso. Lideranças da Federação Única dos Petroleiros (FUP) devem definir hoje um cronograma de mobilizações. “Com certeza teremos grande adesão. Nas áreas operacionais, o tema da privatização da empresa reúne toda a categoria contra um governo sem legitimidade”, afirmou Deyvid Bacelar, diretor da FUP. “Se querem ver o que podemos fazer, não vão conseguir governar”, reforçou.

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