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Guias de nós mesmas

Não ficamos à sombra dos homens

Publicado

Autor/Imagem:
Emanuelle Nascimento - Foto Francisco Filipino

Não ficamos à sombra dele.

Ele é brilhante, sim, mas não é o sol. Nós somos.

Aprendemos que, por muito tempo, fomos ensinados a girar em torno de outros astros. De homens que falavam alto, de autoridades que impunham verdades, de sistemas que nos diziam o que é certo sentir, pensar e até sonhar. Ficamos ali, orbitando, tentando captar migalhas de luz até percebermos que a claridade também nascia em nós.

Há uma força silenciosa em quem se descobre radiante. Ela não precisa competir, nem se provar. Apenas existe, e ilumina. Quando entendemos isso, deixamos de medir nossa grandeza pela sombra que projetam sobre nós. Passamos a andar com o peito erguido, o olhar calmo e a alma acesa, mesmo que o mundo insista em nos colocar em segundo plano.

Não ficamos à sombra dele porque compreendemos que o brilho não é monopólio de ninguém. O brilho é partilha. É quando a gente se reconhece no outro sem se apagar. É o tipo de luz que não cega, que aquece.

E nesse entendimento, nasce uma liberdade madura a de caminhar ao lado, e não atrás.

Hoje, o sol que antes parecia distante mora dentro de nós. Ele se acende quando acreditamos, quando cuidamos uns dos outros, quando transformamos o medo em coragem.

E talvez essa seja a verdadeira revolução: descobrir que nunca fomos satélites. Somos constelação.

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