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2 mil cavalos

Nevera, o quebrador de recordes de 12 milhões

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque, Edição

Quem gosta de automobilismo, já ouviu a expressão “não fez tempo, fez um temporal”. Pois ela caberia na medida para o hipercarro elétrico Rimac Nevera, feito para quebrar recordes.

Com custo básico de 2 milhões de euros, algo como R$ 12,3 milhões, o Nevera tem o nome inspirado numa tempestade mediterrânea. Nem é para menos: seus quatro motores elétricos geram 1.914 cv de potência, com aceleração de zero a 100 km/h em menos de 2 segundos.

Só para comparar, a indústria vê a marca de 10 segundos como aceitável para o 0-100 km/h. Mas este hipercarro elétrico leva um tempo menor para acelerar da inércia até os 300 km/h: só 9,3 segundos. Outro exemplo colossal é o torque de 240 mkgf, algo digno de um caminhão.

Mesmo com tamanho vigor, teoricamente, as baterias de 120 kWh alcançariam os 550 km antes do abastecimento, com 80% de recarga feita em 22 minutos em estações de carga rápida.

Derivado do protótipo Concept Two, a Rimac teve três anos de desenvolvimento extra, com avanços sobretudo em aerodinâmica. Assim, a eficiência subiu 37% nos primeiros conceitos, graças a painéis móveis no spoiler dianteiro, capô, difusor traseiro e aerofólio, todos com acionamento elétrico independente.

Por exemplo, a movimentação de painéis aumenta o arrasto em até 326% no modo de velocidade extrema e maior pressão (High Downforce), exercendo enorme pressão no carro contra o solo.

Ainda sobre a estrutura, o Nevera pesa 2.150 kg, com distribuição maior sobre o eixo traseiro (proporção de 48/52). Só que 200 kg do total são “gastos” no reforço do abrigo das baterias. Assim, percebemos os ganhos do uso massivo de carbono.

O sistema de transmissão do Rimac Nevera também é inovador: aproveita os quatro motores (instalados um em cada roda) para unir os pares de força dois a dois — uma transmissão por eixo.

Também há novidade na frenagem: mecanicamente, são quatro discos da Brembo de carbono-cerâmica, de 390 mm, e pinças com seis pistões. Mas, em vez de os controles de estabilidade e de tração acionarem os freios para equilibrar o carro, é a eletrônica que atua na aceleração.

Eletrônica esta que também comanda a coluna de direção, totalmente “by wire” (sem conexão por cabos), bem como os sete modos de condução com acerto fino feito por inteligência artificial.

Com produção limitada a 150 unidades, a Rimac garante que não haverá dois carros iguais. Assim, os clientes poderão escolher a versão — GT, Signature, Timeless ou Bespoke —, mas com alto grau de personalização… Que, claro, vai encarecer ainda mais o seu preço final.

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