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Lar, doce lar

No flow da página em branco

Publicado

Autor/Imagem:
Simone Magalhães - Foto Francisco Filipino

Da página em branco
escrevo,
rascunho sonhos
& ilusões

Se criar e doar-se
derivam do existir
persisto em sair do papel

Agora,
diante de novos horizontes,
esvazio-me
Preencho-me
do que é eterno
(e interno, em essência)

Da página em branco,
cocrio, danço em ritmos inaudíveis
escuto o silêncio e deixo ir
o que não tem mais vez

Só assim, a palavra emerge
Me devolve, enfim
A liberdade que a vida pede
Para acontecer, do início ao fim

E dessa ‘força estranha’,
quase chama,
me embriago
Para abrir asas e pousar

Como é bom
redescobrir-me LAR!

Da página em branco
A palavra pede
A vida acontece
Confia!

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