Não te vejo...
Nos labirintos do tempo te busco na esperança de encontrar
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Onde estás que não te vejo?
Teus rastros se dissolvem entre os suspiros da noite.
Sou náufrago das lembranças que nunca vivi,
vagando entre versos que te desenham sem rosto.
Guardo-te sob as sombras dos meus sonhos,
és o reflexo suave que dança em meus olhos,
o eco dos meus anseios, a brisa que me sustenta.
És o sopro essencial que invade meus pulmões
e o fogo que aquece a órbita do meu existir.
Ao entardecer, estendo as mãos ao horizonte,
cada estrela cintila teu nome,
mas quando chamo, apenas o vento responde.
Sou prisioneiro de um desejo sem forma,
ecoando tua ausência em cada madrugada.
Meus braços procuram teu calor,
mas abraçam apenas a saudade moldada pelo tempo.
Envio meus beijos ao infinito,
mas eles se perdem no vazio da distância.
Minha alma, peregrina do teu aroma,
segue teus passos desenhados no céu
em busca do instante onde a realidade se curva à espera.
E se nunca te encontrar,
serás o mistério que faz pulsar minha poesia,
a pergunta que nunca terá resposta,
o infinito daquilo que nunca toquei,
mas sempre amei.