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A velha rotina

Nós não temos tempo ou queremos não ter tempo?

Publicado

Autor/Imagem:
Vinicius Francis

É certo que o cotidiano tem sido bastante acelerado ultimamente. Sabemos que a noção de tempo mudou, porque o campo magnético da Terra está em frequências mais aceleradas. E isso muda toda a nossa percepção de tempo, embora no relógio ainda tenhamos vinte e quatro horas. No entanto mesmo sob esse fenômeno, a dita “falta de tempo” ainda pode ser uma desculpa que damos. Não existe falta de tempo, existem prioridades para o uso dele. E eu te pergunto: quais são as suas?

Quando você fala que não tem tempo para fazer algo, significa que tem outras coisas como prioridade, não é o tempo em si que falta. E ter consciência disso nos ajuda a promover mudanças. Se tem uma determinada atividade que você diz querer fazer muito, mas está sempre postergando com a velha desculpa: “Não tenho tempo”, é simples resolver a questão. Reveja as suas prioridades! De repente, tem um monte de coisas que nem tem tanta importância assim, mas você tem colocado na lista de atividades prioritárias. Aliás, você tem uma lista de atividades? Você se organiza? Não? Então, acho que estamos descobrindo que a sua falta de tempo, na verdade, é ausência de gestão.

Nossas atividades rotineiras são estabelecidas segundo a importância que cada uma delas têm para nós. Por isso, ao dizer que você não tem tempo para fazer determinada coisa, como estudar, trabalhar mais, meditar, conversar com amigos ou o que quer que seja, é porque certamente você tem colocado outras coisas na frente. Porque se as prioridades forem invertidas, com certeza, haverá tempo para fazer outras coisas. Eu entendo que todos nós vivemos em uma correria e isso não é ruim, pelo contrário, é um sinal de que coisas estão acontecendo. Obviamente, quantidade não é sinônimo de qualidade, mas um fluxo de atividades dinâmico pode dizer que tal pessoa que o executa é alguém que pelo menos se movimenta na vida. Isso é uma coisa boa.

Só que rotina cheia não é desculpa para a falta de tempo. Até porque existe um ditado que diz: “Você quer que um projeto vingue? Ponha-o na mão de uma pessoa ocupada”. Ou seja, pessoas ocupadas normalmente têm maior potencial desenvolvido de executar tarefas, elaborar coisas e tocar projetos para frente. E se a gente quer mesmo fazer algo, arruma o tempo. Tira de uma tarefa que não tem tanta importância, faz nos fins de semana ou feriados, deixa de ver aquela novelinha que pode ficar para segundo plano, o futebolzinho, etc.

Por isso, eu acho importante fazer uma lista daquilo que precisa ser feito no dia. Quando fazemos listas, podemos claramente colocar todas as atividades sob o nosso crivo, sob a nossa avaliação crítica. Assim fica mais fácil da gente se organizar. Quando temos a nossa rotina estabelecida sobre a desordem ou o “vamos ver no que dá hoje”, tudo o que conseguimos é um dia sem foco, improdutivo e caótico. E costumamos chegar ao final do dia sem sequer conseguir contabilizar as nossas atividades e qualificá-las. E isso representa prejuízo a longo prazo, e dos grandes! Porque tempo é algo que não volta. Se você não souber se organizar direito, o tempo que foi perdido nunca poderá ser compensado.

Pode ser que você consiga guinar as coisas e repará-las, mas demandará muito mais esforço, energia e dedicação do que seriam necessários se você soubesse se organizar. O tempo é precioso, não é porque temos a eternidade que negligenciaremos o nosso tempo com aquilo que não é tão importante. Pois cada segundo é único, nada se repete e nenhum dia será como o outro. Por isso, trate seu tempo como trataria algo de extremo valor, é uma pérola muito preciosa. Ter o tempo organizado e usado com coisas produtivas e que tragam reais benefícios mostra o quanto você tem consciência próspera. Já o contrário, demonstra o quanto você, por mais que diga o oposto, não é comprometido com a qualidade da sua vida.

Luz e Bênção!

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