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Adeus sedentarismo

Nova técnica deixa os exercícios mais fáceis

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Autor/Imagem:
Malu Oliveira/Via Academia Corpo em Forma - Foto Reprodução

Por que costuma ser tão difícil atingir nossos objetivos de saúde e boa forma? Isso é o que a cientista comportamental da Universidade de Nova York Emily Balcetis vem tentando entender nos últimos 20 anos.

“O problema não é necessariamente a nossa motivação, porque mesmo quando estamos motivados ainda assim é difícil”, diz ela. Sua pesquisa sugere que parte do problema é a maneira como vemos o mundo ao nosso redor.

“Não percebemos que nossos olhos, que achamos que nos dizem a verdade sobre como o mundo realmente é, são na verdade parte do motivo pelo qual não estamos caminhando o suficiente ou correndo o quanto gostaríamos e que estamos desistindo de nossos objetivos antes de alcançá-los. ”

Por que as pessoas acham mais difícil fazer exercícios do que outras tarefas?

“Enquanto tentava descobrir isso, conversei com um grupo de atletas olímpicos e perguntei: ‘para que você está olhando quando corre rumo à linha de chegada?'”

“Achei que eles seriam grandes ‘consumidores’ de seu mundo visual, prestando atenção nas pessoas contra as quais estão competindo, olhando para frente e para trás… mas me enganei. O que eles fazem é manter o foco na linha de chegada.”

“E me perguntei: podemos nós, que não somos atletas olímpicos, aprender a fazer o mesmo e isso pode nos ajudar a melhorar a qualidade de nossos exercícios?”

Balcetis elaborou um estudo em que dois grupos de voluntários tinham que caminhar rapidamente para uma meta com pesos nos tornozelos.

O primeiro era um grupo de referência. Eles eram orientados a andar normalmente.

O segundo era o grupo de intervenção, que foi treinado para manter os olhos focados exclusivamente na linha de chegada.

“Dissemos a eles que tentassem não olhar em volta, que eles imaginariam que havia um holofote brilhando bem na linha de chegada, como se você tivesse uma venda ao lado dos olhos e tudo o que você pudesse enxergar é para onde está tentando ir.”

Antes do teste, os dois grupos foram solicitados a estimar a distância até a linha de chegada. O grupo de intervenção calculou que era 30% mais próximo do que o grupo de referência. E após a tarefa, o grupo de intervenção chegou mais rápido. “O ritmo deles aumentou 23% e, mais importante, eles disseram que não doeu tanto, 17% menos. “Não houve nada diferente no teste, o que mudou foi a sua mentalidade.”

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