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Modelo agressivo

Novo Peugeot 208 vem aí esbanjando estilo

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Autor/Imagem:
Mário Camargo, Edição

A partir do ano que vem, o segmento de hatches compactos vai ganhar um concorrente de peso. A Peugeot deverá lançar no Brasil a nova geração do 208, que está chegando à Europa neste segundo semestre. O modelo, inclusive, já roda por aqui em testes, ainda com disfarces – uma evidência de que a marca francesa tem pressa na renovação do hatch no País.

Oficialmente, a montadora não informa se o modelo será produzido no Brasil (na fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro) ou em El Palomar, na Argentina. Porém, uma fonte ouvida pelo Jornal do Carro informou, em off, que a fábrica de Porto Real está preparada para produzir veículos com a nova plataforma modular CMP, sobre a qual o novo modelo é montado.

O certo é que, se chegar idêntico ao francês (e não sofrer muita simplificação no processo de nacionalização), o 208 será um forte concorrente de modelos como Volkswagen Polo, Fiat Argo, Chevrolet Onix e Hyundai HB20. Os dois últimos também estão prestes a mudar radicalmente.

O novo 208 une estilo agressivo com tecnologia. A começar pelo visual, é possível dizer que o hatch da Peugeot será um dos mais atraentes da categoria. O Polo é moderno e é feito sobre uma também moderna plataforma modular (MQB -A0), mas tem estilo sóbrio, o que é comum em modelos da Volkswagen. O Argo tem desenho atraente, mas não deve ser páreo para o modelo francês nesse quesito. Ok, ainda não conhecemos as linhas finais do Hyundai HB20. Mas o mistério acabará no mês que vem. E, claro, o Chevrolet Onix vem aí. Por enquanto, só conhecemos a versão sedã do modelo (Prisma). O que podemos afirmar é que o segmento dos hatches terá uma briga bonita de ver.

O novo 208 se caracteriza pela ampla grade frontal e pelos faróis de LEDs com feixes de luz quase verticais. Uma faixa, inclusive, chega a “escorrer” para o para-choque. É como se um leão (não por acaso, o símbolo da Peugeot) tivesse cravado ali suas garras. Na traseira, uma faixa plástica une as lanternas horizontais, a exemplo dos modelos da Porsche.

Em linhas gerais, pode-se dizer que a Peugeot foi buscar em seus SUVs (2008, 3008 e 5008) inspiração para dar mais agressividade ao 208. Já que falamos do 2008, o SUV compacto de nova geração, que já estreou na Europa, também deverá ser produzido por aqui no ano que vem. “Aqui”, no caso, pode ser Brasil ou Argentina.

Além de “encher os olhos” por causa do visual, o Peugeot atrai também porque está mais encorpado: são 4,05 m de comprimento (7 cm a mais que o “nosso”) e 1,74 m de largura (4 cm a mais que o nacional). A altura, no entanto, foi reduzida em 4 cm (para 1,43 m), e o entre-eixos não mudou (2,54 m).

Como comparação, o VW Polo tem exatamente o mesmo comprimento, apenas 1 cm a mais na largura (1,75 m) e 3 cm adicionais na altura (1,47 m). Na distância entre-eixos, o hatch da Volkswagen – atual referência da categoria – tem 2,56 m. Ou seja, 2 cm a mais em relação ao francês.

O estilo arrojado do exterior continua quando se abre a porta. Por dentro, o 208 também adotou o visual dos SUVs. Com isso, ficou mais atraente. O modelo manteve o “i-cockpit” do 208 atual, mas totalmente redesenhado. O quadro de instrumentos cresceu, mas permanece acima do pequeno volante achatado. Sob a tela do sistema multimídia, o hatch também ganhou as elegantes chaves de comando típicas dos SUVs da marca.

Na Europa, a central multimídia pode ter tela de 5, 7 ou 10 polegadas, dependendo da versão. E o quadro de instrumentos virtual projeta gráficos tridimensionais, como se fossem hologramas. O que não sabemos ainda é se o modelo sul-americano terá esses avanços.

Só para lembrar, o Citroën C4 Cactus nacional tem interior bem mais simples do que o europeu. De qualquer forma, somente a versão mais cara do Polo tem quadro de instrumentos virtual, e mesmo assim como opcional.

Em termos de acabamento, a marca francesa adotou revestimentos suaves ao toque. Com isso, é possível afirmar que ele tende a ser melhor que o Polo e talvez a se igualar (ou mesmo superar) o Argo. Acabamento, aliás, é um dos pontos fortes do modelo atual.

O porta-malas perdeu 20 litros (foi para 265 l), o que pode ser um problema. O Polo acomoda 300
litros.

Quanto aos motores, na Europa o 208 adota a família 1.2 Puretech, de três cilindros, turbo e aspirado. O aspirado é basicamente o mesmo utilizado no Brasil, tanto no 208 como no Citroën C3. Aqui, ele rende até 90 cv. Para poder brigar com o 1.0 TSI da Volkswagen, porém, espera-se que a marca francesa traga finalmente o 1.2 turbo, dotado de injeção direta. Na Europa, ele rende de 100 a 130 cv, dependendo da versão.

Além disso, a briga ficará interessante também no campo da transmissão. O 208 francês recebeu um novo câmbio automático de oito marchas, exclusividade na categoria. A torcida é para que ele também venha. Aí, o pacote ficaria completo, e seria um trunfo interessante nas mãos (ou garras) da Peugeot.

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