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Angústias silenciadas

O alarmante grito da automutilação que vem das escolas

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Autor/Imagem:
Emanuelle Nascimento - Foto Francisco Filipino

As notícias que chegam das escolas brasileiras são alarmantes: o índice de automutilação entre adolescentes aumentou significativamente em 2025. O que parece um dado solto nas estatísticas do MEC é, na verdade, um grito coletivo abafado. As salas de aula, que deveriam ser espaço de descoberta e construção, tornaram-se também cenário de angústias silenciadas.

Michel Foucault, ao falar dos dispositivos disciplinares, já apontava como as instituições moldam corpos e subjetividades; aqui, as escolas são também laboratórios de sofrimento. Cada corte na pele de um adolescente é uma tentativa de inscrever no corpo aquilo que não encontra linguagem.

É preciso olhar para esses dados não como uma epidemia de gestos individuais, mas como denúncia social: nossos jovens não estão apenas “em crise”, eles estão reagindo a um mundo que exige performance sem oferecer escuta. O Brasil escolar de 2025 revela o drama de uma juventude que sangra em silêncio.

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