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Distâncias invisíveis

O destino que minha alma segue

Publicado

Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Francisco Filipino

Hoje, o caminho que minha alma escolheu
não é feito de passos,
mas de brisas que deslizam até o seu coração
antes que o universo desperte.
Muito antes do canto das aves
ou da luz primeira invadir sua janela,
ela já repousa em você
como um segredo que floresce na penumbra.

Hoje, ela cruzou distâncias invisíveis,
flutuando entre constelações de saudade,
apenas para se deitar no abrigo suave
do seu peito que aquece e acolhe.
Se alimenta, gota a gota,
da melodia adocicada do seu toque,
como se cada gesto seu fosse fonte eterna
daquilo que a alma mais deseja.

Hoje, ela carrega em si
a mais sutil carta de amor,
escrita com tinta de estrelas e sopros de desejo.
Leva em suas mãos um abraço bordado em fogo
e carícias feitas de pétalas que não machucam,
mas dançam sobre a pele como poesia.

Hoje, o horizonte que ela escolheu
é aquele onde seu olhar resplandece
como farol de emoções que não se escondem,
onde seu peito respira a vertigem da entrega.
E quando sua alma me chama
com sua loucura tão familiar,
ela me encontra inteira —
sem máscaras, sem limites —
em nudez de sentimento
e plenitude de paixão.

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