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Ringues e palanques

O UFC, a política do entretenimento e o futuro da humanidade

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Autor/Imagem:
Emanuelle Nascimento - Foto Francisco Filipino

Las Vegas não dorme. O UFC 317 movimenta cifras, paixões e especulações. Donald Trump, talvez presente, talvez apenas espectro, paira sobre o octógono como quem busca reconquistar corações pelo espetáculo.

Guy Debord já dizia: vivemos na “sociedade do espetáculo”. O ringue é também palanque. A política e o show se misturam até que não se saiba mais quem é o lutador e quem é o presidente.

A Sociologia da Emoção, atravessada por Arlie Hochschild, explica que a política contemporânea se apoia mais na performatividade do que na razão. Trump não precisa governar: precisa emocionar. Não precisa convencer: precisa aparecer.

Nesse cruzamento entre pancadas e populismo, o UFC se torna mais que luta. É ritual, é liturgia, é construção simbólica do masculino, da força bruta, da dominação.

No fim, entre socos e flashes, o que se negocia é o futuro de um país. E talvez, do mundo inteiro.

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