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Fundo Amazônia, 3º Capítulo

ONGs enganaram índios. E agora o pau vai comer

Publicado

Autor/Imagem:
Ka Ferriche

Índio quer smartphone, se não der, pau vai comer! A marchinha de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, ameaça carnavalesca usada pelas ONGs, financiadas pelos escandinavos noruegueses e credenciadas por Lula e Marina Silva para tomar a Amazônia dos brasileiros, tem sido o grande tema na Justiça Federal. Nos capítulos anteriores, Notibras, com exclusividade, vem desvendando um suposto golpe bilionário que envolveu o BNDES, por meio de um decreto (6.527/08) que criou um fundo financeiro pouco visível, espécie de cartão de crédito sem personalidade jurídica.

A Noruega foi a fonte de 5 bilhões de reais, parte de um total de R$ 20 bi, repasse que foi interrompido pela realeza norueguesa na queda do império petista. O dinheiro entrava no BNDES e era distribuído às ONGs, movimentado como saldo de uma conta corrente privada. Simples assim. O problema é que, ao ser incorporado ao Erário, esse recurso deixa de ser privado. Nesse capítulo da trama, vamos ver como Lula e sua ministra Marina Silva abriram as portas da Amazônia aos interesses internacionais, utilizando uma praga – com raras exceções – do Século XX: as Organizações Não Governamentais – ONGs.

Os noruegueses são grandes poluidores, 25% de sua economia dependem da produção de petróleo e gás. Boa parte do PIB também vem da fabricação de mobiliário e papel, que depende de florestas. As deles estão a maior parte do tempo restritas pela neve, além de contar com um território limitado. Essa é a origem da manobra para pagar a conta dos créditos de carbono que eles devem ao mundo.

Embora a Noruega tenha sido responsável por 97% dos recursos do Fundo Amazônia, a Alemanha também aparece como contribuinte. Ela é inimiga da tecnologia brasileira, que produz energia elétrica a partir de hidrelétricas, fonte que detém o menor custo entre os modais existentes. Os alemães são grandes produtores de energia eólica e fotovoltaica. Precisam vender a sua tecnologia e não querem nem ouvir falar de hidrelétricas.

Por isso, quanto menos o Brasil ocupar a Amazônia, melhor para eles. Quanto mais tribos forem dominadas pelas ONGs, melhor para eles. Quanto mais os índios dominarem e ampliarem seus territórios, melhor para eles. O problema é que, quanto mais infiltrada essa prática de ocupação territorial, pior para a sociedade brasileira. O domínio sobre os índios pelas Organizações Não Governamentais e de populações periféricas por prefeitos petistas, chegou pelos cofres do BNDES.

O discurso politicamente correto, de preservação da mata e dos povos indígenas, com simpática repercussão internacional, esconde os verdadeiros interesses de países que não pretendem interromper seu desenvolvimento. O Brasil, pela sua dimensão, é o território do desejo das nações desenvolvidas. Mantendo e fixando o ultrapassado sistema extrativista nas áreas que subjugam, impedem o desenvolvimento e criam uma reserva de mercado em território alheio.

Embora Lula da Silva tenha assinado o decreto criando o Fundo Amazônia, não foi o autor da ferramenta utilizada pelos intrusos. O ambientalista norueguês Erik Solheim, das fileiras do Partido de Esquerda Socialista da Noruega, e o Greenpeace, tomam a autoria do Fundo Amazônia, projeto entregue à época ao deputado federal José Sarney Filho, coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista e à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O pacote chegou completo ao Palácio do Planalto. Bastava numerar e assinar o decreto.

Assim foi feito. Aí as ONGs vieram de mala e cuia, inclusive ocupando gabinetes no Ministério do Meio Ambiente, Ibama e Funai, com direito a placa na porta dos espaços públicos federais. Não precisavam pagar aluguel, cafezinho e papel higiênico e estavam definitivamente infiltrados no poder, de onde despachavam os bilhões que vinham de além mar.

Mas, e os índios? Na verdade são ex-índios pela essência e modo de vida que hoje levam. Existem, sim, algumas tribos de verdadeiros índios ainda não visitadas pelo homem branco na região. O ideal é que assim permaneçam. As etnias já urbanizadas terão como herança a tradição e o folclore, como quaisquer outros povos colonizados, que devem ser, sim, preservados. Não há o que fazer. Esse convívio com a civilização é devido, especialmente, aos irmãos Villas Boas. Paciência.

Agora esses cidadãos da floresta desejam mesmo é conforto, boa alimentação, atendimento médico e educação superior para os filhos. Mas se tiver uma mãozinha amiga, eles podem até aceitar um escambo de matérias-primas, extraídas do território que é deles. Afinal, estão convencidos de que são eles os proprietários das riquezas.

Na outra ponta, as ONGs que são privadas e que gerenciam o destino das tribos. No meio, recursos públicos. Nada que uma torre de wifi no meio da floresta não resolva. No quarto e último capítulo, vamos entender quais as perspectivas para o futuro. Apito não é.

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