Curta nossa página


De 5 a 20 anos

Ovário congelado deixa menopausa para bem depois

Publicado

Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

Um novo procedimento médico capaz de retardar a menopausa em até 20 anos começa a ser testado no Reino Unido. Durante o tratamento, oferecido pela ProFam, de Birmingham, um pequeno pedaço de tecido ovariano é removido e congelado a menos 150 graus Celsius. O tecido é então reimplantado de volta no corpo da mulher quando ela atinge a menopausa, momento em que pode restaurar os níveis de hormônio pré-menopausa.

Além de prolongar o período de fertilidade da mulher , o procedimento pode retardar os sintomas comuns da menopausa, como ondas de calor, secura vaginal, distúrbios do sono, ansiedade, depressão e até osteoporose, uma condição na qual os ossos ficam fracos e quebradiços. O tratamento custa cerca de 10 mil dólares (aproximadamente 4o mil reais).

“Isso tem o potencial de ser um benefício significativo para qualquer mulher que queira atrasar a menopausa por qualquer motivo, ou aquelas mulheres que teriam feito terapia de reposição hormonal (HRT), e há muitos benefícios em torno disso”, disse o médico Simon Fishel. A menopausa pode atrasar de cinco a vinte anos, “dependendo de quando a mulher congela seu tecido ovariano”.

Até o momento, nove mulheres realizaram o procedimento, que remove o tecido ovariano mediante uma operação minimamente invasiva que acessa partes do corpo através de pequenas incisões. “Este é o primeiro projeto no mundo a fornecer crio-preservação de tecidos ovarianos para mulheres saudáveis ​​puramente para retardar a menopausa”, acrescentou o diretor médico da empresa, Yousri Afifi.

Embora alguns pesquisadores acreditem que o procedimento possa reduzir bastante os custos das condições relacionadas à menopausa, como a osteoporose, outros continuam céticos em relação ao procedimento, alegando que os médicos já usam métodos semelhantes para salvaguardar a fertilidade das mulheres submetidas ao tratamento do câncer.

Richard Anderson, vice-diretor do Centro de Saúde Reprodutiva da Universidade de Edimburgo, ao comentar o assunto, afirmou que é “notícia antiga” que os transplantes de tecido ovariano poderiam restaurar os níveis de hormônio pré-menopausa. “O que é menos claro é se esta é uma maneira segura e eficaz de fazê-lo”, observou.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.