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P.O. preso. Ninguém diz os motivos; advogado Kakay pego de surpresa

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O empresário Paulo Octávio, foi preso nesta segunda-feira acusado de corrupção e formação de quadrilha. Ele estava sendo investigado pela Polícia Civil na Operação Atrio, suspeito de corromper funcionários públicos que expediam alvarás para seus prédios. O advogado dele, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, diz não dispor de detalhes sobre a prisão.

Ex-vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio é um dos maiores empresários do ramo imobiliário de Brasília. Ele preside o PP, partido que, aliado do governador Agnelo Queiroz, acenava com outro caminho nas eleições de outubro.

O empresário foi vice de José Roberto Arruda, governador que foi preso e cassado durante a operação que desvendou o chamado Mensalão do DEM. Ele foi detido em um dos hotéis de sua propriedade, no centro de Brasília, e levado para a carceragem da Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil.

Informações preliminares do Ministério Público do Distrito Federal apontam que foram oferecidas sete denúncias contra Paulo Octávio e pessoas ligadas a ele.

A Operação Atrio investiga tentativa de suborno para liberação de alvarás e violação de normas urbanísticas e ambientais referentes a diversos empreendimentos imobiliários nas regiões administrativas de Taguatinga e Águas Claras. O mandado de prisão contra o empresário foi expedido pelo juiz Wagno Antonio de Souza.

Paulo Octavio foi levado inicialmente para a carceragem da Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco), localizada no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). De lá, ele foi transferido para o Departamento de Polícia Especializada (DPE), localizado próximo ao Parque da Cidade.

O ex-vice-governador é suspeito de participação num suposto esquema de corrupção de agentes públicos para a concessão de alvarás. A liberação dos documentos envolve, segundo as investigações, empreendimentos imobiliários no DF. A investigação, iniciada em 2011, resultou na prisão temporária do administrador de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira.

Ao deixar o DPE, na madrugada desta terça-feira (3), o advogado Marcelo Turbay Freiria, que também atua na defesa do empresário, informou que Paulo Octavio ainda não sabia os motivos da prisão. “Ele [Paulo Octavio] sempre permaneceu a disposição tanto da autoridade policial quanto do juiz. Nós formulamos uma petição para que sempre que questionado ele pudesse comparecer e prestar qualquer tipo de esclarecimento que fosse necessário”.

Segundo Freiria, por também ser advogado, Paulo Octavio tem direito a permanecer numa cela do Estado-Maior da Polícia Militar, reservada a oficiais das Forças Armadas e pessoas com curso superior. O advogado informou que iria pedir a transferência do político ainda durante a madrugada.

Freiria disse também que o pedido de revogação da prisão estava sendo elaborado. O documento, segundo ele, seria entregue ao juiz de plantão do Tribunal de Justiça do DF.

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