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Países dos Balcãs enfrentam novos focos de Covid

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

A situação sanitária está piorando nos países dos Bálcãs, que voltam a registrar casos do novo coronavírus. No final de maio, Montenegro se autoproclamava o primeiro país a ter vencido o coronavírus, esperando se reabrir ao turismo. No entanto, um mês depois, a situação piorou consideravelmente. Esse pequeno país do leste da Europa de 600 mil habitantes registra, a cada dia, várias dezenas de novos casos de Covid-19.

Em 15 de junho, quando ainda não tinham o direito de ultrapassar a fronteira com a Sérvia, centenas de cidadãos de Montenegro viajaram para a Bósnia-Herzegovina para chegar a Belgrado e assistir à partida de futebol entre o Partizan e o Estrela Vermelha, disputada perante 15 mil torcedores na capital sérvia.

Alguns dias depois, 19 pessoas foram testadas positivas e, desde então, o vírus se propaga rapidamente. Outro foco importante nos Bálcãs é a cidade de Rožaje, no norte de Montenegro, onde os moradores não pararam de frequentar a cidade vizinha de Tutin, apesar do fechamento das fronteiras. Por sinal, Tutin está na mesma região que Novi Pazar, novo epicentro da epidemia na Sérvia.

No dia 22 de junho as autoridades anunciaram que 60 profissionais da saúde do hospital de Tutin estavam contaminados. Vários pacientes também foram transferidos a Belgrado em um estado grave. No último sábado (27), o exército de Montenegro levantou às pressas um hospital de campanha no local.

No sudeste da Sérvia, a situação é considerada grave. Na cidade de Kragujevac, o prefeito Radomir Nikolić proclamou estado de emergência, afirmando que boa parte dos cidadãos não respeita as medidas contra a Covid-19. A maioria dos casos no local diz respeito a jovens de 18 a 35 anos.

Belgrado também foi particularmente atingida pela segunda onda, especialmente residências estudantis de bairros modernos como os de Novi Beograd. Na capital sérvia muitos moradores também se recusam a se proteger, frequentando em massa cafés, restaurantes e jogos de futebol sem máscara.

O exemplo vem dos próprios políticos do país. Ao festejar sua vitória nas eleições de 21 de junho, membros e apoiadores do Partido Progressista Sérvio (SNS), do presidente Aleksandar Vučić, não respeitaram o distanciamento físico. O líder pronunciou seu discurso em meio a uma multidão onde nenhuma máscara pode ser observada.

Desde então, três altos responsáveis da legenda testaram positivo ao coronavírus: a presidente do Parlamento Maja Gojković, o ministro da Defesa, Aleksandar Vulin, e o secretário de Estado encarregado do Kosovo Marko Đurić.

Segundo o site oficial do governo, a quantidade de novas contaminações era inferior a cem até o dia das eleições. Desde então, não para de aumentar, chegando a 254 novas infecções no último sábado.

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