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Negócio de 22 bilhões

Palocci arma nova bomba para Lula. Agora são os caças da FAB

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, marcou para 18 de março o depoimento do ex-ministro Antonio Palocci na ação penal em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu pela suposta participação em irregularidades na compra de 36 caças suecos Gripen pelo governo federal. O negócio envolveu 5,4 bilhões de dólares (cerca de 22 bilhões de reais).

Em delações anteriores, Palocci envolveu o ex-presidente em várias denúncias. Segundo o ex-ministro, até o sítio de Atibaia, que Lula sempre negou lhe pertencer, foi reformado a um custo superior a 1 milhão de reais com dinheiro de propina.

O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim será ouvido novamente pelo magistrado no mesmo dia. Os depoimentos estavam previstos para ocorrer em novembro do ano passado, mas foram suspensos por determinação do desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a pedido da defesa do ex-presidente.

Jobim já foi ouvido no caso, em setembro do ano passado, quando disse que Lula não tinha envolvimento direto nas tratativas sobre a compra dos caças. No entanto, em depoimento em outro processo, Palocci, que assinou acordo de delação premiada com os investigadores da Operação Lava Jato, mencionou saber da atuação do ex-presidente na transação.

Avisado pelo Ministério Público Federal (MPF) das declarações de Palocci no outro processo, o juiz Vallisney Oliveira convocou depoimento dele e, novamente, de Jobim, dessa vez na condição de testemunha do juízo. O magistrado disse ser necessário confrontar as versões contraditórias.

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