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Oito ou 80. O setor produtivo confia na economia, ou a crise cresce e o PIB cai mais

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A principal dificuldade da economia brasileira, na avaliação dos analistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, está na necessidade de recuperar a confiança para que as taxas de crescimento saiam do território negativo, que podem levar a uma retração do Produto Interno Bruto (PIB) de até 3% no ano que vem.

Somente com a retorno da confiança o consumo e o investimento podem aumentar, o que vai ajudar no retorno do crescimento econômico. “Não existe uma sinalização clara para onde vão as coisas. E a incerteza política também continua”, afirma Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria Integrada. Hoje, ela estima uma recessão de 1% para 2016, mas não descarta que a queda do PIB do ano que vem possa chegar a 2%.

Por ora, existe a chance de a economia brasileira começar a se recuperar no fim de 2016. O problema é que a saída dessa crise vai ser lenta, o que agrava ainda mais o cenário. No passado, os anos seguintes aos de forte recessão costumavam ser marcados por um crescimento econômico acelerado. Em 2009, por exemplo, a queda de 0,2% do PIB foi seguida por uma forte expansão de 7,6% em 2010.

“Em geral, a saída de uma economia da recessão é marcada por um número forte”, afirma Silvia Matos, coordenadora técnica do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Em sua última projeção, feita em setembro, o PIB do Brasil deverá recuar 3% este ano e 2,1% no ano que vem. “É um período que nos assusta bastante e, infelizmente, não vemos uma saída dessa recessão”, afirma.

Desafio – O futuro brasileiro se torna ainda mais desafiador porque o País terá de enfrentar um cenário internacional mais adverso: a economia mundial cresce menos. Além disso, o governo continua a lidar com os problemas fiscais – na semana passada, a equipe econômica admitiu que deve haver mais um ano de déficit.

O risco da piora fiscal é a economia brasileira perder o grau de investimento por uma segunda agência de classificação de risco – a Standard and Poor’s retirou o selo de bom pagador do Brasil em setembro. Se isso ocorrer, a recuperação econômica fica ainda mais difícil e deve ser postergada.

“A recuperação deverá ser bastante gradual. Dessa vez, o setor externo não vai ajudar como em outros momentos. Antes, a economia mundial estava crescendo num ritmo mais forte e os preços das commodities eram maiores”, diz Alessandra.

estadao

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