Curta nossa página


Noroeste

Polícia prende doméstica por furto na casa da patroa

Publicado

Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição - Foto Divulgação

Na noite de ontem, a PCDF, através da 05ª DP, deflagrou a operação MÃOS LEVES e prendeu uma empregada doméstica de 34 anos de idade, após ela ter subtraído valores do interior do cofre da casa de sua patroa, uma servidora pública de 42 anos de idade, fato ocorrido em um apartamento situado no Noroeste.

A autora, que havia trabalhado para a vítima no ano de 2021, acabou demitida após se desentender com uma das filhas dela. Contudo no início deste ano, ela pediu para voltar ao trabalho, dizendo que precisava de uma nova chance para trabalhar, tendo a vítima aceitado.

No decorrer do ano, a vítima vendeu seu automóvel e passou a receber em parcelas o pagamento pactuado. Logo após receber a primeira parcela e a guardar em seu cofre, a vítima terminou um relacionamento amoroso.

Alguns dias após o rompimento, ela percebeu o sumiço do dinheiro que estava guardado em seu cofre (cerca de R$ 25.000,00), tendo imaginado que o mesmo poderia ter sido furtado por seu ex-companheiro ou mesmo por outros prestadores de serviço que tinham estado em sua residência.

Contudo, nesta ultima sexta-feira (8), a vítima percebeu que a segunda parcela do pagamento da venda de seu carro também havia desaparecido de seu cofre, tendo passado a suspeitar de sua empregada doméstica.

Para comprovar suas suspeitas, a vítima decidiu colocar uma câmera escondida em seu quarto, tendo a instalado neste final de semana e conferiu que havia a quantia de R$ 3.000,00 em seu cofre. Ao chegar do trabalho no início da noite de ontem, a vítima foi verificar o cofre e deu a falta de R$ 1.000,00.

Ao analisar as imagens captadas pela câmera instalada, a vítima percebeu que a autora, usando as chaves originais do cofre (que a vítima acreditava ter perdido há muito tempo) o abriu e subtraiu valores de seu interior.

A vítima informou os fatos na delegacia e foi montada uma ação policial para efetuar a prisão em flagrante da autora.

Após se inteirarem dos fatos, os policiais foram até a casa da autora, na Cidade Ocidental. No local a informaram que o furto havia sido filmado por câmeras e que eles precisavam recuperar o dinheiro subtraído. A autora franqueou o acesso aos policiais e mostrou onde havia dinheiro escondido (nos bolsos de vários shorts guardados em seu armário). Os policiais ainda notaram que na casa havia vários perfumes, cremes e shampoos de marca, além de vários objetos, entre eles eletrodomésticos e eletroportáteis novos e roupas ainda com etiquetas.

Os policiais fizeram vídeos de tais objetos para a vítima, tendo ela reconhecido alguns dele como sendo de sua propriedade.

Diante de tais circunstâncias, os policiais decidiram apreender todos os bens que possuíam origem suspeita de terem sido furtados pela autora ou de terem sido adquiridos com quantias que ela tinha subtraído da casa da vítima.

Além dos bens apreendidos, os policiais encontraram na casa da autora a quantia de R$ 4.150,00 (quatro mil e cento e cinquenta reais) em espécie.

Após a apreensão dos valores e dos bens suspeitos, os policiais deram voz de prisão e conduziram a autora para a 5ª DP, onde ela foi autuada em flagrante pelos crimes de furto duplamente qualificado pelo abuso de confiança e pelo uso de chaves falsas (a jurisprudência entende que mesmo a chave original, quando utilizada clandestinamente, é entendida como chave falsa, pois a pessoa que a usou não a possuía de forma legítima) e pelo crime de desacato, já que, durante a ação policial, a autora ofendeu e ameaçou os policiais.

Em seu interrogatório a mulher confessou apenas a subtração da quantia encontrada em sua casa. Ela negou ter subtraído os demais bens encontrados e negou que eles tivessem sido adquiridos com dinheiro subtraído da vítima. Para justificar sua aquisição, ela disse que era mantida por um amante de Minas Gerais e que ele havia comprado para ela todos aqueles bens. A autora ainda disse que seu mantenedor havia morrido no início do ano, tendo ela então pedido para voltar a trabalhar para a vítima.

Após a formalização de sua prisão, a autora foi recolhida à carceragem da PCDF, onde permanecerá à disposição da justiça. Somadas, as penas dos crimes de furto qualificado e de desacato alcançam os 10 anos de prisão.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.