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18 de fevereiro

Pouso em Marte do Perseverance será um terror

Publicado

Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

O robô Perseverance está se aproximando de seu destino final, o planeta Marte, onde está programado para chegar em 18 de fevereiro de 2021. A operação de pouso já está sendo consideradas como “sete minutos de terror” ; é o tempo que durará a chegada ao solo após ingressar na atmosfera do planeta vermelho.

Nesse espaço de tempo, o Perseverance irá de uma velocidade de 19.500 km/h no topo da atmosfera marciana para cerca de 3 km/h no momento do pouso, sobre uma área conhecida como Cratera de Jezero. Uma vez lá, o robô irá procurar por sinais de vida microbiana no planeta por pelo menos um ano marciano (cerca de 687 dias terrestres).

O Perseverance irá coletar amostras de rochas e solo, armazená-las em tubos e deixá-las na superfície do planeta para uma futura transferência para a Terra. O robô também vai estudar a geologia do planeta vermelho e testar maneiras pelas quais os astronautas em futuras missões possam produzir oxigênio a partir do CO2 da atmosfera, para respirar e usar como combustível.

“Sete minutos de terror”
A sequência de complicadas manobras que precede o pouso do Perseverance já foi descrita por muitos especialistas como “sete minutos de terror”.

O robô, que deixou a Terra em julho de 2020, viajará encapsulado em uma caixa de duas partes: um escudo traseiro e um escudo térmico. Conforme a espaçonave atravessa a atmosfera marciana, seu escudo térmico terá que resistir a temperaturas de até 2.100°C.

Quando estiver a quase 11 km do solo, a espaçonave lançará um paraquedas que reduzirá a velocidade do veículo de 2.099 km/h para aproximadamente 320 km/h.

Em seguida, o escudo térmico se separará da tampa traseira e por um curto período de tempo o robô cairá livremente no solo.

Serão então acionados oito retrofoguetes, permitindo a realização da manobra “sky crane” (guindaste no céu, em tradução livre), por meio da qual o Perseverance descerá lentamente com três cordas de náilon e um “cordão umbilical”.

Quando as rodas do Explorador tocarem o solo, ele se solta dessas amarras. Esta é a primeira missão da Nasa a pesquisar diretamente por “assinaturas” ou sinais biológicos de vida desde o projeto Viking nos anos 1970.

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