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Escola é a base de tudo

‘Precisamos salvar educação para que jovem tenha futuro’

Publicado

Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

Virou cena cotidiana, ao abrir sites noticiosos por aí, ler relatos dramáticos a respeito de violência nas escolas, quando não muito alguma polêmica envolvendo a partidarização de algumas formas de ensinar. E tal grau de violência, afirmam especialistas, está frequentemente associado ao uso de armas, ingestão de drogas ou bebidas alcoólicas. Ao que o cenário atual indica, a educação escolar brasileira caminha a passos largos para a completa irrelevância.

“As escolas pararam de evoluir e não possibilitam que os jovens evoluam. É um quadro preocupante”, diz Pedro Leite, pastor e pré-candidato a uma cadeira de deputado distrital na Câmara Legislativa do Distrito Federal

A fala de Pedro Leite vai ao encontro de uma demanda social urgente: a modernização da educação. E segundo o pré-candidato, para modernizar é preciso sair da divagação e partir para a ação.

“Os políticos que aí estão entram e saem do parlamento com o mesmo discurso de melhorias em nossa educação, e nada muda”, diz. Seguindo o mesmo raciocínio utilizado por Pedro Leite, alguns especialistas celebrados do ramo educacional trazem mais argumentos para a discussão.

Para alguns, a melhor política educacional hoje seria a de uma politica econômica forte, capaz de gerar riqueza, empregos qualificados e uma ampla rede de proteção social – reduzindo a pobreza e seus efeitos sobre a educação, em particular.

Isso fica claro quando é analisado o rendimento escolar dos alunos da rede pública de ensino. Os fatores que mais atenuam o problema da educação estão relacionados ao nível socioeconômico dos pais.

“A pobreza é o inimigo número 1 das nossas crianças. E vale o destaque: a educação traz consigo o único passaporte conhecido para quebrar o círculo vicioso da pobreza. Eu sei onde atacar. E tenho toda a força de vontade do mundo para ir até a raiz do problema e contribuir para resolução dessa mazela”, afirma Pedro Leite.

Pobreza e Futuro – Há diferentes teorias a respeito de formas de combate à pobreza. Tanto os sistemas econômicos capitalistas, como socialistas apresentam diferentes soluções com diferentes graus de sucesso ou insucesso.

Mas Pedro Leite traz uma resposta para tal ponderação. “O Brasil é um país enorme e, creio, apenas reduzir a desigualdade não é suficiente para assegurar o desenvolvimento da educação. Há outros pilares que eu, enquanto cristão, acredito serem de suma importância. A atenção especial para as famílias e para o que os nossos jovens estão consumindo como cultura, por exemplo”, acentua.

O pré-candidato Pedro Leite vai além. “As evidências sobre o desenvolvimento da educação sugerem que a situação da família tem mais influência negativa sobre a criança do que em qualquer outra época da vida”, diz. Esse tipo de evidência dada por Pedro Leite ajudam a entender o problema e estabelecer prioridades para melhor focalizar as redes de proteção das crianças e assim atuar pela educação.

“Esse é o meu trabalho há anos e anos dentro da igreja. Resgatar as famílias, trabalhar a força delas, pois sei a importância da família no que diz respeito a educação”. O depoimento de Pedro Leite ganha ainda mais relevância quando analisados os dados sobre violência dentro das escolas.

Em um questionário aplicado pelo Ministério da Educação, por exemplo, em todo o país, 3% dos diretores de escolas públicas disseram que alunos frequentaram a escola portando arma de fogo. Ao serem perguntados se já haviam sido ameaçados por algum aluno, 10% dos professores responderam que sim, e 3% disseram já terem sido vítimas de “atentado à vida”. Já entre os diretores ouvidos, 18% reportaram que alunos frequentaram a escola sob efeito de drogas e 10% sob efeito de bebida alcoólica.

“Isso mostra que onde ainda não virou parte do cotidiano, a violência nas escolas tornou-se um evento de alta probabilidade”, diz Pedro Leite. Os números e as notícias mostram que a ideia do “brasileiro cordial” não passa de uma frase equivocada sobre nossa realidade; uma realidade que na verdade sempre foi bastante violenta.

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