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PT e aliados pedem a cabeça de Bolsonaro, o deputado misógino

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O novo ataque do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) contra a também deputada e ex-ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário (PT-RS) chegou ao Conselho de Ética da Câmara. Quatro partidos – PT, PCdoB, Psol e PSB – protocolaram na noite desta quarta-feira (10) uma representação por quebra de decoro contra o parlamentar fluminense. Para ser aberta, a investigação contra Bolsonaro precisa ser lida em sessão do órgão responsável por analisar o comportamento dos membros da Casa.

“Demonstrando total desrespeito por sua condição de representante de todos os cidadãos e cidadãs brasileiras e, em especial, do povo do Rio de Janeiro, o Deputado Representado, quotidianamente, faz comentários misóginos, jocosos e estereotipados a respeito das mulheres, negros e homossexuais”, diz o pedido assinado pelos presidentes do PT, Rui Falcão; PCdoB, Renato Rabelo; Psol, Raimundo Silva; e do PSB, Carlos Siqueira. Os líderes destas legendas também subscreveram o requerimento.

Entrar contra Bolsonaro no Conselho de Ética é uma reação dos quatro partidos à mais nova polêmica em que o deputado fluminense se envolveu. Ontem, ele novamente atacou Maria do Rosário. Onze anos depois, ele repetiu uma ofensa contra a petista gaúcha feita originalmente em entrevista à Rede TV. Desta vez, a situação ocorreu no plenário da Câmara. “Fique aí, Maria do Rosário. Há poucos dias você me chamou de estuprador no Salão Verde e eu falei que eu não estuprava você porque você não merece”, disse.

No discurso no pequeno expediente da Casa, transmitido para todo o país pela TV Câmara, ele ainda acusou a presidente Dilma Rousseff de participar de atos criminosos quando militava na guerrilha contra a ditadura militar.

“Como visto o Representado ameaça veladamente a Deputada Maria Rosário de estupro, que segundo o mesmo, não fez porque ‘ela não merece’. Também acusa a Deputada Maria do Rosário e a Presidenta da Republica de participarem de diversos atos criminosos, como assassinatos, sequestro e roubo, entre outros”, continuam os partidos na representação.

Apesar de a legislatura terminar, na prática, na próxima semana, líderes dos quatro partidos acreditam que é possível se aproveitar de uma brecha do regimento e manter o processo no órgão de controle no próximo ano.

A ideia é pedir o desarquivamento do processo de cassação quando os deputados iniciarem os trabalhos, em 1 de fevereiro. De quatro em quatro anos, os projetos que não estão prontos para análise no plenário são arquivados pela Mesa Diretora. Mas podem continuar tramitando desde que algum parlamentar faça um pedido formal. Os líderes querem usar esta analogia para o processo de cassação.

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