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Salas vazias

Quando a universidade adoece a academia vira território de dores invisíveis

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Autor/Imagem:
Emanuelle Nascimento - Foto Francisco Filipino

Relatórios das universidades públicas apontam para o aumento expressivo de afastamentos por motivos psiquiátricos entre docentes, técnicos e estudantes. A meritocracia acadêmica é um campo de batalha disfarçado de produção científica.

A Antropologia da Educação, com autores como Mary Douglas e Victor Turner, nos ajuda a entender que o rito universitário se tornou sacrifício. Publicar ou perecer. Bancar a pós-graduação com bolsa insuficiente. Silenciar assédios para manter orientadores. A universidade virou um espaço onde o saber é construído sob pressão e adoecimento.

É preciso refundar a ideia de conhecimento: com pausa, afeto e escuta. A universidade pode e deve ser também um território de cura, não de exaustão. O saber precisa voltar a ser caminho e não prisão.

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