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Ai que peninha

Quando chega o momento que é preciso dizer não

Publicado

Autor/Imagem:
Silvana Giudice

Você é daquelas que vivem dando um motivo para algumas pessoas usarem, abusarem, deitarem e rolarem em cima de você? “Ah! tadinha, ela é tão sozinha, carente, não custa eu deixar minha aula de ginástica e ir com ela ao shopping”, “Ah! tadinho, ele é tão ocupado, não custa eu levantar mais cedo e levá-lo até o metrô. “Ah! tadinho, ah! tadinha…”, é assim que caminha a sua vida! Peninha de um, dózinha do outro, e você a lindinha, a boazinha, a santinha.

Quem tem dó de você? Quem reconhece o que você faz? Agora experimenta não fazer, para ver o que acontece. E você, com estas e com outras vai carregando as vontades dos outros nas suas costas e a sua vida…Ah! a sua vida, literalmente está uma droga!

Fomos criadas para priorizar os pedidos de auxílio. “Obedece!”, “Seja uma boa menina!”, “Não responda!”, “Olha, que Deus castiga!”. Pronto, está formada a crença de que para sermos amadas, queridas, aceitas, temos que nos colocar em segundo plano, ou seja, não se valorize! Você não é tudo isso, menos! Olha o estrago na sua cabeça.

Claro que temos o nosso lado humano, compassivo e ajudamos aqueles que amamos de boa vontade algumas vezes. Mas o problema é valorizar o que o outro quer e precisa prejudicando as nossas necessidades e vontades. Porque ir ao shopping com a mãe ou a amiga é mais importante do que você ir à sua ginástica? Simplesmente, porque não somos tão boazinhas assim, e lá no fundo, niveladinho, escondidinho (porque é feio assumir), estão os nossos interesses pessoais.

“Ah! eu faço isso, ela me valoriza, me ajuda quando eu precisar, me considera, me ama!”. Não, você sabe que não é bem assim. Se a gente não se valoriza, muito menos o outro fará o que não estamos dando conta de fazer por nós mesmas.

Então? Reconhece em você algo parecido? São estes os motivos das mágoas que vêm carregando em sua vida? Socorra sim, ajude, auxilie, mas pondere. Coloque-se em primeiro lugar, porque não é crime nem pecado, sabia? Diga não. Não posso! Não quero! Não vou!
Não precisa ser agressiva, sentir culpa, nem se colocar na defensiva. Simplesmente vista o teu sentimento e balize o teu território com gentileza, mas também firmeza.

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