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Além de Flávio, tem Calros e a ex-mulher

Rachadinha inclui Bolsonaro e pode implodir Planalto

Publicado

Autor/Imagem:
Mário Camargo

Não é só Flávio Bolsonaro, hoje senador da República, que metia a mão no salário dos servidores do seu gabinete quando deputado estadual pelo Rio de Janeiro. A prática se estendia ao agora presidente Jair Bolsonaro, pai do clã e então deputado federal, e a Carlos Bolsonaro, vereador de vários mandatos na Câmara Municipal fluminense.

A denúncia amanheceu estampada no Uol na madrugada desta segunda-feira,15. É è nitroglicerina pura nas estruturas do Palácio do Planalto. A reportagem inclui um novo personagem no esquema das rachadinhas. É Ana Cristina Siqueira Valle, segunda mulher do presidente.

As investigações, antes restritas a Flávio, que acaba de comprar uma mansão por 6 milhões de reais,  foram suspensas recentemente por decisão do Superior Tribunal de Justiça. Mas, para juristas ouvidos pela reportagem do Uol, a gravidade das denúncias vai levar o caso diretamente para o Supremo Tribunal Federal.

Para justificar a publicação da reportagem – fases do inquérito estão em segredo de justiça – o Uol lembra que teve acesso às quebras de sigilo em setembro de 2020, quando ainda não havia uma decisão judicial contestando a legalidade da determinação da Justiça do Rio de Janeiro. A partir daí analisou  as 607.552 operações bancárias distribuídas em 100 planilhas – uma para cada um dos suspeitos.

O Superior Tribunal de Justiça anulou o uso dos dados resultantes das quebras de sigilos no processo contra Flávio, mas o Ministério Público Federal recorreu junto ao Supremo Tribunal Federal. No entendimento do Uol, há interesse público evidente na divulgação das informações que compõem as reportagens que foram ao r neste primer ia da semana..

Os envolvidos foram procurados desde a quarta-feira (10) por e-mail, telefone e mensagem de WhatsApp, Nenhum membro do clã Bolsonaro, porém, respondeu aos questionamentos da equipe de redação. As reportagens, em número de quatro, publicadas na mesma edição – quem sabe por temer uma decisão judicial para que suspenda a divulgação – são amplas e detalham uma série de operações suspeitas de assessores da família Bolsonaro, caracterizadas pelo uso de grandes volumes de dinheiro em espécie.

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