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Calma...

Reatividade revela dor emocional não curada

Publicado

Autor/Imagem:
Luciana Kotaka

Uma pessoa machucada emocionalmente está sempre na defensiva, qualquer palavra que é direcionada para a mesma irá ativar diversas defesas inconscientes na tentativa de não sentir as mesmas dores do passado.

Normalmente ao revisitarmos a história de vida iremos ouvir relatos de muita tristeza e dor em que a pessoa não teve acolhimento, validação, sofreu choques de humilhação ou mesmo foi deixado de lado em função de situações diversas das quais envolve a dinâmica familiar.

A questão não é buscar culpados e sim entender as raízes dessas dores que refletem fortemente na nossa vida adulta, afinal somos reflexo do que vivemos, não só situações positivas, mas também as negativas.

Quem vem de uma experiência de muita dor emocional estará sempre em alerta, qualquer palavra pode ser entendida sob as lentes da criança machucada do passado fazendo com que o sujeito apresente diversos comportamentos reativos.

Um exemplo é como uma simples brincadeira pode ser entendida de forma leve para quem tem uma boa estrutura emocional e para outras cairá como uma agressão, gerando estresse tanto para ela quanto para a pessoa envolvida. Isso se aplica a qualquer situação dentro da família, com o parceiro, filhos, amigos, ambientes de trabalho, entre outros.

É importante entender que a pessoa machucada está lutando com seus monstros internos e que na maioria das vezes projeta no externo, ou seja, no outro as suas dores e medos. Como não temos esse entendimento ou se temos o entendimento fica somente a nível emocional, quando viramos alvo de uma situação em que o outro reage negativamente, esquecemos toda empatia e nos colocamos na defensiva.

Nem sempre conseguimos compreender o que é do outro e o que é nosso e nos sentimos magoados pela atitude do outro. E é nesse momento que devemos entender a necessidade de acolher a dor da outra pessoa sem nos sentirmos ofendidos.

Olhar de fora para a situação e poder oferecer o entendimento, o colo e muitas vezes, ajudar para que a pessoa perceba o quanto reage ao mundo como se estivesse com os machucados à flor da pele. E aos poucos podendo levar o entendimento e dando o que tanto faltou na infância do outro que foi o colo, a validação e o amor.

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