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Mãe do Atlântico

Recife, de pontes seculares, apaga mais uma velinha

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Autor/Imagem:
José Seabra - Foto de Arquivo

O recifense é bairrista por natureza. Tanto que conta, com todos os méritos, que o Capibaribe e o Beberibe da vizinha Olinda juntam suas águas para formarem o Atlântico. E é esta Recife, longe dos olhos mas colada ao coração, que apaga mais uma velinha nesta terça, 12.

Geograficamente, a cidade está encravada no coração do nordeste brasileiro. Porém, as emoções que irradia atravessam divisas e fronteiras, frutos de uma história rica e um espírito vibrante.

À medida que as brisas salgadas do Oceano Atlântico acariciam suas margens, a capital de Pernambuco celebra mais um aniversário, um marco que ressoa com a memória de séculos de cultura, luta e resiliência.

Neste dia especial, suas ruas ganham vida com uma profusão de cores, música e sorrisos. Desde as primeiras horas da manhã, o centro histórico da cidade vê-se invadido por uma atmosfera de festa. Os recifenses, orgulhosos de sua herança, se unem para comemorar não apenas o passado glorioso, mas também o presente vibrante e o futuro promissor.

Nos mercados de rua, o aroma tentador de comidas típicas pernambucanas paira no ar, enquanto os vendedores anunciam suas iguarias com entusiasmo. As barracas de artesanato exibem a habilidade artística dos locais, oferecendo uma variedade deslumbrante de produtos feitos à mão, desde rendas delicadas até esculturas de barro colorido.

Enquanto isso, no coração cultural da cidade, os teatros e espaços de arte ganham destaque, oferecendo uma programação especial para marcar a ocasião. Desde apresentações de frevo, o ritmo pulsante que é a marca registrada do carnaval pernambucano, até exposições que destacam a rica história e diversidade da região, há algo para todos os gostos e idades.

Por certo os recifenses se reunirão à beira-rio para participar de um dos pontos altos das festividades: o tradicional desfile de barcos. São naus elegantemente decoradas que deslizam pelas águas tranquilas do Capibaribe, enquanto músicos a bordo entoam canções que ecoam por todos os lados, enchendo o ar com alegria e celebração.

À noite, quando as luzes da cidade se acenderem, o Recife, pode apostar nisso, se transformará em um palco de festa ainda mais espetacular. As praças se encherão de pessoas dançando ao som de música ao vivo, enquanto fogos de artifício iluminarão o Céu, pintando-o com cores vivas em homenagem à cidade e sua história.

Enquanto o dia chega ao fim, os recifenses se despedirão desta celebração com um sentimento renovado de orgulho e pertencimento. É que, embora o aniversário do Recife possa ser apenas um dia no calendário, sua importância transcende o efêmero, lembrando a todos da beleza e da vitalidade da cidade encantadora que é, onde o passado e o presente se entrelaçam de maneira indissolúvel.

E assim, quando as luzes se apagarem e o silêncio da noite cair sobre a cidade, o espírito do Recife continuará a brilhar, iluminando o caminho para um futuro cheio de esperança e possibilidades. Até porque, o Recife, quer queiram quer não, é a capital do Nordeste desde a ainda viva Confederação do Equador.

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