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Governador ataca deputada Paula Belmonte

Seja macho, Ibaneis, e vá gritar com o marido dela

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Autor/Imagem:
Eduardo Monteiro - Colaborou José Seabra

O governador Ibaneis Rocha (MDB), mostrou mais uma vez nesta sexta, 31, que é destemperado, desqualificado, psicologicamente fragilizado e, consequentemente, despreparado para ocupar um cargo público.

A definição não é dos repórteres que assinam este texto. É de uma influente autoridade do meio político brasiliense, ao reagir, com espanto, aos ataques de Ibaneis Rocha à deputada federal Paula Belmonte (Cidadania) ocorridos no meio da tarde.

Em tom de desabafo, essa personalidade sugeriu que, como é sexta-feira, “parece que o happy hour de sua excelência começou mais cedo. Se ele (Ibaneis) fosse homem de verdade, teria dito o que disse ao marido dela”.

O marido, no  caso, é o advogado Luiz Felipe Belmonte, uma das figuras mais respeitadas no Judiciário. Procurado, ele evitou comentar o assunto. Mas colegas de Belmonte garantem que ‘isso não vai ficar barato’.

Desde o início do mandato, a pauta da primeira infância é prioridade de Paula Belmonte, eleita com uma torrente de votos capaz de fazer inveja a velhas raposas políticas. Tanto que, mesmo antes da posse, já articulava com a equipe de transição de Jair Bolsonaro a implantação, em Brasília, do programa Criança Feliz.

No cenário político, sabe-se que quem trabalha, provoca ciumeiras. E foi enciumado, que Ibaneis Rocha dirigiu-se a Paula Belmonte em ato público de lançamento da IV Semana do Bebê, soltando impropérios inexistentes no vocabulário do ser humano mais vil.

Para marcar presença na agenda promovida pelo Governo do Distrito Federal, Paula Belmonte adiou um compromisso fora de Brasília. A convite do deputado Zacharias Calil (DEM-GO), a parlamentar deveria ir a Goiás onde visitaria aldeias indígenas para verificar in loco a real situação de crianças e adolescentes que vivem nessas comunidades.

No vai-não-vai, Paula Belmonte chegou atrasada à cerimônia promovida pelo Palácio do Buriti. Postou-se no meio do povo, distante do palco, até que, reconhecida por servidores do cerimonial, foi indagada se gostaria de fazer uso da palavra. ‘Claro’, respondeu a deputada. Até porque, como representante de Brasília, ela sempre tem uma mensagem para a sociedade.

Enquanto o interlocutor palaciano falava com Paula Belmonte, observou-se um troca-troca de palavras ao pé do ouvido entre a também deputada Flávia Arruda (PR) e o governador Ibaneis Rocha.

Logo depois desse entre-ouvidos, o funcionário do cerimonial, meio sem jeito, ‘desconvidou’ Paula Belmonte a usar o microfone. Desenhava-se, assim, o início de uma crise que, acredita-se, terá sérias consequências políticas.

Ao final do evento, Paula, solícita, com a postura da verdadeira dama que sempre a caracterizou, procurou sem sucesso falar com Flávia. A mulher do ex-governador José Roberto Arruda virou-lhe as costas, num gesto desrespeitoso. E, olhando para o alto, disse que sua colega parlamentar era uma despreparada.

Paula Belmonte ignorou a desfeita de Flávia e tentou conversar com a primeira-dama Mayara Noronha, sobre uma participação mais efetiva na agenda pró-infância. A poucos metros de distância, a mulher de Arruda, enciumada, voltou a cochichar algo com o governador.

Ibaneis sorriu para Flávia. E os capetinhas (aqueles que Jofran Frejat citava quando era pré-candidato ao governo de Brasília) entraram em ação.

Ibaneis, como já aconteceu em outras oportunidades, com pessoas diferentes, foi ao encontro de Paula Belmonte. De forma truculenta, se voltou para Paula aos gritos, segundo versão de testemunhas. Abriu a boca e disse  que Paula Belmonte era maluca, doida e outros adjetivos impublicáveis.

Constrangida e sentindo-se desrespeitada com as ofensas, Paula Belmonte evitou comentar o episódio. Mas deixou claro que Ibaneis, com essa postura, provou que é um despreparado.

O governador foi eleito  defendendo a bandeira de uma nova política. Entretanto, pelo que aconteceu no meio da tarde, demonstra que está cada vez mais aliado às raposas rejeitadas pelo povo nas urnas. Na política há dois grupos distintos. Os que combatem a corrupção, e os que alimentam a corrupção. Paula Belmonte, pelo seu passado e presente, faz parte do primeiro grupo.

Ao dar ouvidos à esposa de José Roberto Arruda – comentou a fonte de Notibras, responsável pela narrativa dos fatos – parece que Ibaneis está trilhando o caminho errado. Agora, encerrou, ‘resta saber se ele (Ibaneis) é macho mesmo para falar com o Belmonte, ou se só fala grosso com mulheres’.

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