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Grito do Alvorada

‘Sem morte; 7 de Setembro será de independência’

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Autor/Imagem:
Major-brigadeiro Jaime Sanchez - Foto de Arquivo

Enganam-se aqueles que querem ouvir no 7 de setembro um novo Independência ou Morte! O Brasil não necessita e jamais alcançaria a independência, pois hoje não existe uma Nação sequer no planeta que se possa declarar independente, no sentido exato da palavra. A globalização total impõe a interdependência.

Ao mesmo tempo em que permite a liderança das grandes potências, impede uma hegemonia que, uma vez conquistada, seria a decretação da escravidão dos povos perante aquela potência hegemônica, fosse ela comunista ou capitalista, pois o poder corrompe e é parceiro inseparável do autoritarismo e do egoísmo.

O fim da guerra fria conduzia o mundo a essa perigosa condição, que foi afastada com o crescimento vertiginoso da China para ocupar o vácuo de poder deixado pela queda da União Soviética.

Entretanto, o predomínio de apenas duas potências também leva ao risco não menos ameaçador da bipolaridade e da guerra pela hegemonia. Para o bem da humanidade, os países da Europa identificaram essa terrível ameaça latente e decidiram unir forças, criando a União Europeia.

O Brasil, longe de pertencer a esse seleto grupo de Nações, desempenha papel fundamental no cenário internacional e na sobrevivência da humanidade por ser o celeiro do mundo, com sua monumental capacidade agropecuária e por possuir o maior cabedal de recursos naturais, essenciais ao funcionamento e desenvolvimento de qualquer sociedade.

Por isso, nosso grito nas ruas nesse 7 de setembro não é similar ao que foi bradado por D. Pedro às margens do Ipiranga. É o grito do capitão que vem sendo reverberado por onde passa e diariamente às portas do Palácio da Alvorada: Liberdade e justiça!

Almejamos a liberdade, para que as famílias possam exercer seu papel na criação, educação e formação do caráter dos seus filhos; para que a religião, qualquer que seja ela, possa incutir os ensinamentos cristãos e a semente do bem na alma dos seus seguidores; para que o cidadão comum possa praticar e usufruir dos direitos que lhes garante a falida Constituição Federal; e para que a mídia exerça com precisão e responsabilidade seu verdadeiro papel na informação, na educação e no entretenimento.

Queremos a justiça, para eliminar de vez o sistema pernicioso e criminoso que prevaleceu durante mais de três décadas da vida nacional, com parlamentares, magistrados e empresários apoderando-se das instituições e das riquezas do Brasil a custo da miséria de grande parte do seu povo e da falência inexorável do País.

Essa elite corrompida, está agindo em todas as suas frentes, com a liderança da cúpula dos Poderes Legislativo e Judiciário, afastando ao arrepio da lei todo aquele que se interpõe em sua nefasta trajetória.

A solução ideal, dentro das quatro linhas, não é a intervenção, que seria traumática para a sociedade e um empecilho considerável para o curso natural dos destinos da Nação.

No entanto, como esperar que o porco limpe o seu próprio chiqueiro?

A reação da sociedade urge e o momento já passou. A corda, que demonstrou flexibilidade inimaginável, arrebentou e é fundamental que sejam reatadas suas pontas, agora, para que a máquina aparelhada seja impedida de atingir seus objetivos.

Não se pode deixar a responsabilidade exclusivamente nas mãos do Poder Moderador. Toda uma sociedade está sendo vilipendiada, precisa demonstrar sua indignação e bradar aos quatro ventos suas reivindicações no dia da Pátria.

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