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Teatro dos Horrores

Senzala de Dorberto incendeia palcos de São Paulo

Publicado

Autor/Imagem:
Carolina Paiva

Dorberto Carvalho é presidente do poderoso – embora hilário -, Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo. Mas tem transformado a entidade, conhecida como ‘Teatro dos Horrores”, em uma verdadeira capitania hereditária, se não para filhos sanguíneos, ao menos sindicalistas camuflados em parente.

A denúncia é da própria categoria que Dorberto representa, mas que ele vem usando para supostamente alavancar interesses particulares. Profissionais do setor, que preferem manter o anonimato, garantem que o dirigente classista age como ‘feitor de senzala’, e que, “de maneira absolutamente autoritária, sem o menor respeito à legislação vigente, estatutos ou regimentos”, vai impondo sua vontade.

“Dorberto usa o lado trágico da máscara de Dionísio. E vai arrastar os profissionais na derrubada do palco frágil que ele está montado”, acusam seus adversários. “Ele insufla politicamente os associados (‘afinal, é do Psol, por onde espera eleger-se vereador’) como se fossem parte de uma claque de auditório, numa tentativa de se perpetuar no cargo”.

Como um sem-teto (um dos braços do Psol), continuam seus acusadores, Dorberto costumeiramente invade e ocupa instalações, o que motivou mais de uma ação na Justiça por iniciativa da atriz Lígia de Paula para se contrapor à ação dos invasores.

Há quem recorde, a propósito, que o ‘Grupo dos Saltimbancos’, em mais um “expediente subversivo recorrente”, já chegou “a invadir e ocupar a Funarte, paralisando as atividades artísticas e administrativas”. Não fosse a ação enérgica do Ministério Público e da Justiça Federal “a tragédia grega estaria definitivamente implantada no País”.

Embora a categoria em São Paulo pene com seus problemas, Dorberto Carvalho mira uma ‘sucursal carioca’ para seu palco. “Como cupim, pretende agora corroer o sindicato do Rio de Janeiro, para estender seus tentáculos, empregando os mesmos métodos do Psol utilizados em São Paulo”. Procurada, a assessoria do presidente do Sated-SP não retornou as ligações.

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