Agonia
Silêncio no Pulso do Medo
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Acordei, mas não acordei,
Meus olhos gritavam, mas meu corpo calou,
O ar pesava, a alma ardeu,
E o quarto me olhava, na agonia que me tomou;
Havia algo ali, parado,
Entre o escuro e o meu medo:
Um vulto sem rosto, o tempo rasgado,
Me devorando no silêncio travado;
Tentei mover a mão, ela me traiu,
Tentei respirar, mas o peito não permitiu,
Senti unhas frias na minha pele congelada,
E o relógio zombava do meu desespero angustiado;
Quis implorar, quis fugir,
Mas era prisioneira do meu próprio corpo,
Temporariamente, pensei que estava morta,
E o que pareceu uma eternidade, foi apenas um sopro;
Quando, enfim, o corpo cedeu,
Tudo sumiu, como se nunca houvesse existido,
Mas o medo ficou, sentado comigo,
Temendo que na próxima noite, tudo se repetisse…