Tua essência
Sinfonia do amor celeste onde nuvens flutuam e formar o altar
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A noite desvela seu véu de veludo,
um abraço de sombras e segredos doces.
Não clama pelo brilho do dia ardente,
apenas embala amantes em sonhos profundos.
O vento percorre a pele como um sussurro,
mensageiro do tempo e dos desejos guardados.
Beija as folhas com lábios invisíveis,
segredando promessas que dançam na brisa.
As estrelas, cartas de luz ao firmamento,
versos cintilantes escritos no éter.
Não clamam, não exigem, apenas esperam,
como olhares que trocam juras sem palavras.
O rio, poeta errante do coração da terra,
desenha carícias líquidas na pele da margem.
Cada curva, um soneto, cada onda, um verso,
recitado em silêncio ao luar enamorado.
As nuvens flutuam como véus de um altar,
rendadas de prata na noite cerimonial.
Elas não correm, não fogem, apenas valsam,
como almas unidas em um ritmo atemporal.
A lua, soberana do reino dos amantes,
costura momentos com fios de saudade.
Não pesa, não prende, apenas envolve,
como um toque que perpetua sua luz.
E em cada estrela que se faz faísca,
há um beijo roubado ao infinito.
Um rastro, um desejo, um murmúrio eterno,
luz que repousa na pele do universo.
Almas errantes que cruzam o céu,
encontram consolo nos braços da noite.
Cada olhar, um pacto, cada sonho, um voo,
onde os corações pulsam na mesma melodia.
Oh noite serena, cúmplice dos enamorados,
tece mistérios com fios dourados.
Cante para mim tua canção velada,
deixa-me perder-me nesse abraço sem fim.
Que o vento grave no meu peito tua essência,
como um segredo tatuado na alma.
Que tua arte ressoe em cada pulsar,
sinfonia eterna do amor celestial.
