O abraço
Sinta tudo escondido nos versos e deixe o amanhecer envolver sua alma na dança
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Escrevi um abraço no silêncio dos suspiros,
Onde a luz mal se revela, tênue e tímida.
Usei a tinta da alma como pincel,
Pintei-o com as cores que o amanhecer derrama.
Não foram palavras que brotaram do peito,
Mas murmúrios que o coração ditava,
Cada batida uma carta sincera,
Cada verso, uma ponte rumo ao infinito.
Pintei com as nuances de um amanhecer puro:
Rosas que acariciam a pele do céu,
Ouros que despertam estrelas adormecidas,
Azuis que embalam a serenidade do dia que nasce.
Esse abraço não foi moldado por mãos,
Mas por um refúgio tecido de memórias,
Um espaço onde o tempo se desfez,
E a alma descansou sem medo ou pressa.
Escrevi-o para os dias de solidão,
Para os momentos em que palavras falham,
E o calor de um gesto se torna tudo,
Um abrigo contra o vazio que ecoa.
Em cada linha desliza um raio de luz,
Como o amanhecer tingindo a noite com vida.
Em cada traço, repousa uma promessa eterna:
O amor não se esgota; ele renasce.
O abraço pintado com a aurora não é só meu;
É daqueles que o buscam e dele precisam.
Um poema aberto ao mundo,
Uma porta que leva à ternura infinita.
Quando o dia se parte em fragmentos,
Quando as sombras se tornam densas,
Encontre esse abraço escondido nos versos,
Deixe o amanhecer envolver sua alma na dança.
Porque na arte de abraçar com palavras,
Na magia de pintar emoções,
Reside a essência do que há de mais humano:
Um amor que transcende o tempo e as razões.
Esse abraço permanecerá suspenso,
Entre as estrelas e o primeiro amanhecer.
Escrito em versos, pintado com auroras,
Uma canção eterna ao calor do amor.
