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Nostradamus baiano

Sonho de fantasia vira realidade e a terra enfim parou

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva

Quem nasceu há 10 mil anos atrás e viveu por suas sagas em diferentes plagas está mostrando ao mundo agora que sua teoria estava certa. A Terra vai parar. E parou. Ele é Raul Seixas. Viveu antes, durante e depois de Nostradamus e Matusalém. Do mundo ele conheceu tudo., desde Cristo ser crucificado e Romeu e Julieta matarem o amor.

Quem sabe, Raul chegou mesmo a ajudar a escrever a Bíblia, pois viu Moisés cruzar o Mar Vermelho e Maomé cair de joelhos; foi testemunha ocular de Pedro negando Cristo três vezes. O compositor da Terra dos Orixás viu guerras, pragas e a Babilônia sendo riscada do mapa. Mas o que poua gente sabe, é que ele também viu e chagada do coronavírus para devastar parte da humanidade.

Coisa de gênio, de profeta, que cantava o que hoje é cantado com tom realista, embora governantes irresponsáveis tratem tudo como fantasias. Podia até ser maluco. Beleza, porque de louco, todos temos um pouco. Mas ele sonhou, usando de metáforas, com o que hoje chamam coronavírus. Foi quando a terra parou, conforme alguns trechos da sua música. No dia em que a terra parou, foi assim:

Resolveram que ninguém ia sair de casa/Como se fosse combinado em todo o planeta/O empregado não saiu pro seu trabalho pois sabia que o patrão também não tava lá/Dona de casa não saiu pra comprar pão pois sabia que o padeiro também não tava lá/E o guarda não saiu para prender pois sabia que o ladrão, também não tava lá/E o ladrão não saiu para roubar pois sabia que não ia ter onde gastar/Nas Igrejas nem um sino a badalar pois sabiam que os fiéis também não tavam lá/E os fiéis não saíram pra rezar pois sabiam que o padre também não tava lá/E o aluno não saiu para estudar pois sabia o professor também não tava lá/E o professor não saiu pra lecionar pois sabia que não tinha mais nada pra ensinar…

Raul cantou e hoje é cantado. O povo canta Raul, sabendo que o comandante, supostamente virulento, não saiu para o Planalto, preferindo passar três dias no Alvorada numa auto-quarentena. Aliviados, os soldados não precisaram ir para a guerra em pleno domingo sagrado de repouso. Por dever de ofício, apenas os médicos estavam lá, porque há pacientes a tratar. Tudo isso foi no dia em que A Terra Parou. Foi escrito em 1976. Mas acontece hoje.

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