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Incontida Maré

Sou a tempestade que varre o céu

Publicado

Autor/Imagem:
Rafaela Fernanda Lopes - Texto e imagem

Sou a correnteza que vira o barco,
Sou o vento que muda a direção,
Sem pedir licença, modifico o contrato,
Quando pensam ter tudo em suas mãos;

Sou a última peça do quebra-cabeça,
Não me encaixo em moldes ou promessas,
Não sirvo para estrutura pré-fabricada,
Mas sem mim, a imagem é inacabada;

Sou a tempestade que varre o céu,
Trago o trovão, despenco o véu,
Depois do caos, sou a paz que se aproxima,
O verso que o poeta transforma em rima;

Sou o reflexo que ninguém encara,
Mas que no fundo, o peito dispara,
Sou a verdade, sem corte ou moldura,
Revelo o íntimo, sou voz sem censura;

Sou o grito calado na multidão,
Sou a rachadura de qualquer padrão,
Sou a chama que insiste em brilhar,
Mesmo que tentem me sufocar;

Não sou mansa, nem sou decoração,
Sou a ferida, sou cura, sou certeza,
Sou a energia que vibra na emoção,
Sou mulher, sou a força da natureza.

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