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O golpe

STF fecha olhos a apologia à Operação Valquíria

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Major-brigadeiro Jaime Sanchez*

A Suprema Corte, que abre inquéritos, investiga, julga e manda prender, a qualquer reação da sociedade contra os seus desmandos ditatoriais, sempre atenta aos atos que põem em risco a “manutenção do estado democrático de direito”, achou irrelevante e nenhum dos seus “patriotas” e aguerridos ministros justiceiros fez qualquer menção de reação ou mesmo comentário sobre um artigo escrito pelo jornalista Mário Sérgio Conti publicado na edição virtual Folha de S.Paulo com o título “Nata militar poderia, sim, derrubar Bolsonaro, mas precisaria ter coragem”, o qual simplesmente propôs um golpe militar contra o presidente Jair Bolsonaro.

Somente esse fato seria suficiente para enquadrá-lo em diversos artigos das mesmas leis que os incentivaram a abrir inquéritos ilegais contra simpatizantes governistas, por razões ideológicas e filosóficas muito menos agressivas à democracia.

Mas ele foi muito além. Na edição impressa, com o título diferente: “O pocotó das valquírias“, Conti cita Claus von Stauffenberg, coronel do exército alemão que liderou uma tentativa de assassinato contra Hitler, que foi malsucedido, culminando com a sua execução e de outros participantes do complô.

Ao lembrar o atentado contra Hitler, o jornalista fez um paralelo, velado mas claríssimo, com a crise política atual que assola o Brasil, e aí está a grave ameaça à vida do presidente: “O patriciado militar, que festejara ruidosamente a ascensão nazista, veio a se horrorizar com o ímpeto genocida de Hitler. Como não havia espaço político para mobilizar a opinião pública e barrá-lo, um grupo de oficiais organizou um atentado e um golpe de Estado, a Operação Valquíria”.

O articulista estava claramente fazendo referência ao presidente da República, o qual classificou de “o assassino em massa do Planalto”, numa alusão implícita ao número de mortos no Brasil pelo coronavírus.

Em suma, ele está apenas incitando as Forças Armadas a derrubar e assassinar o presidente da República. Se isso não está claramente enquadrado na Lei de Segurança Nacional, vamos procurar o enquadramento nas regras do Detran.

Sempre ciosos da defesa da honorabilidade e da segurança do STF, de seus membros e de familiares, ofendidos constantemente nas redes sociais, o ministro Dias Toffoli abriu um processo que ficou conhecido como “o inquérito das fake news “, sem um pedido de autoridades policiais ou procuradores e sem a participação do Ministério Público e com a designação para relator do ministro Alexandre de Moraes, sem o sorteio entre os ministros, como determina o Regimento Interno do Tribunal, desencadeando uma série de atitudes arbitrárias e ilegais e criando um monstro jurídico que pode muito bem simbolizar a truculência e a insegurança jurídica que foi instalada no País pela Suprema Casa da Mãe Joana.

Mais tarde, nesse mesmo diapasão, Alexandre de Moraes abriu inquérito para apurar protestos contra o Supremo, o Congresso e em defesa de intervenção militar, quando apoiadores de Bolsonaro foram alvos de busca e apreensão, prisões arbitrárias e quebra de sigilo bancário de parlamentares governistas e empresários.

Há poucos dias, chegamos ao cúmulo da prisão arbitrária, mesmo que fosse justa, do deputado federal Daniel Silveira, num ato absurdo, simplesmente engolido em seco pelo acovardado e sub-júdice Congresso Nacional.

Aos amigos tudo e aos inimigos o rigor do boicote e da injustiça. Esse é o lema atual do judiciário aparelhado e corrompido que comanda o golpe de estado em andamento no País.

Sem o voto impresso, auditável em todos os passos do processo eleitoral, será impossível detê-los em 2022.

Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.

*Coordenador do Grupo Guardiões da Nação

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