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Taxa de juros vai a 13,25% e deixa sobra de migalhas para a poupança

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O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, subiu a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 12,75% para 13,25% ao ano. São os maiores juros em 6 anos e 4 meses, desde dezembro de 2008, quando a taxa estava em 13,75%. A decisão foi unânime.

É o quinto aumento seguido da Selic: houve altas também nas quatro reuniões anteriores do BC, em outubro (foi para 11,25%), dezembro (11,75%), janeiro (12,25%) e março (12,75%).

O Copom registrou em comunicado que a decisão foi tomada avaliando a economia e a inflação. “Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 13,25% ao ano, sem viés”, diz a nota.

Segundo analistas, com juros altos, investimentos como Tesouro Direto e fundos ficam mais vantajosos que a poupança.

O governo vem adotando medidas impopulares, como aumento de impostos e juros e cortes de despesas, com o objetivo de acertar as contas federais.

Uma das maiores críticas a Dilma tem sido a economia, incluindo a inflação em alta. Os juros são usados, entre outras coisas, para tentar controlar a inflação. O governo tenta recuperar confiança do mercado.

A Selic é uma taxa de referência para o mercado e remunera investimentos com títulos públicos, por exemplo. Não representa os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.

Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair, controlando a inflação, em tese. Por outro lado, juros altos seguram a economia e fazem o PIB (Produto Interno Bruto) ficar baixo.

Se os juros estão elevados, as empresas investem menos, porque fica caro tomar empréstimos para produção, e as pessoas também reduzem seus gastos, porque o crediário fica mais alto. Essa situação deixa a economia com menos força. O lado bom é que investimentos baseados em juros são beneficiados e rendem mais para o aplicador.

Por outro lado, com juros mais baixos, há mais consumo e mais risco de inflação, porque as pessoas compram mais e nem sempre a indústria consegue produzir o suficiente. Quando há falta de produtos, a tendência é que eles fiquem mais caros.

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