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Ventosaterapia

Técnica milenar trata males e afasta a dor

Publicado

Autor/Imagem:
Leonardo Aluizio

Uma das práticas mais antigas médicas, a ventosaterapia não tem um período conhecido de surgimento, mas sabe-se que no Egito e na Grécia antigos, os terapeutas já tinham o hábito de promover uma sucção ou até mesmo sangria de seus pacientes, utilizando cabaças de barro ou até chifres de animais.

Não se sabe ao certo como essa técnica chegou à China antiga, porém ela foi amplamente associada ao pensamento filosófico antigo e à Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Os sábios médicos chineses, perceberam que as ventosas tinham a propriedade de limpar o sangue (Xue) e ajudar na circulação do Qi quando associadas aos respectivos meridianos acometidos.

Segundo a MTC, a ventosa ajuda a liberar a estagnação de sangue e Qi localizada em alguns grupos musculares, aliviando a dor. Tais estagnações também podem provocar hipertensão arterial e dores abdominais.

Eventualmente o Acupunturista pode associar a ventosa com a sangria, porém nem sempre tal prática é utilizada, dependendo muito do quadro clínico do paciente e do diagnóstico segundo os preceitos científico-filosóficos da MTC.

Constituídas de vidro ou até mesmo acrílico, as ventosas podem ser colocadas juntamente com as agulhas nos pontos de acupuntura ou organizadas em fileiras, nos casos em que uma grande área dolorosa apresenta problemas (como por exemplo algumas lombalgias). Podem ainda ser aplicadas juntamente com óleos na pele, proporcionando um efeito deslizante e relaxante.

Normalmente esse tipo de tratamento, como consiste em uma sucção da pele, pode deixar marcas, algumas delas até bem salientes, o que faz o acupunturista levar em consideração o aspecto estético e o tipo do paciente a ser tratado. Na China, existem histórias de acupunturistas que prezam por tais marcas e pacientes que só saem satisfeitos com uma boa presença delas, denotando critérios de indicação diferentes nas mais variadas culturas.

A sucção das ventosas originalmente era feita com o aquecimento das mesmas através de acendedores ou lamparinas. O ar quente, em contato com a pele, dentro da ventosa, leva a formação de um vácuo que traciona a pele para dentro do aparato. Tal tração é o efeito desejado do tratamento, pois causaria a liberação da estagnação supracitada. Existem ventosas que não necessitam desse pré aquecimento e se utilizam de pistões e bombeamento de ar, para realizar a pressão necessária. O tempo de permanência da ventosa no corpo é em media de 5 a 15 minutos, tempo necessário para haver a congestão local. Após esse tempo, a pele pode danificar e produzir bolhas, que até podem infeccionar. A presença do acupunturista é sempre necessária para esse tipo de tratamento.

Nem todos os pacientes podem se beneficiar dessa prática. Em geral ela é bem tolerada, mas pessoas com pele ressecada e fina podem sentir dor durante a sessão. A ventosaterapia é contraindicada para casos de febre alta, convulsões ou cólicas, alergias na pele ou inflamações ulceradas além de locais onde a pele não é tão plana. Deve-se evitar a colocação das ventosas no abdome e região lombar de gestantes.

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