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Até um 'ele é feio' será repelido

Tropa-de-choque vai contra-atacar o #forabolsonaro

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

Um alerta do deputado Delegado Valdir (GO) foi captado em alto e bom som por expressivas autoridades do Palácio do Planalto: há um movimento crescente no Congresso Nacional para provocar um ‘terceiro turno’. Foram identificadas ações de partidos de esquerda para tentar desestabilizar o governo. E o único jeito de evitar que o presidente Jair Bolsonaro caia em desgraça é contra-atacar.

Líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir avalia que é hora de a base aliada mostrar suas armas. Um mínimo ‘Bolsonaro é feio’, por mais hilário que seja, será respondido com uma frase emprestada de Cid Gomes, senador pelo PDT do Ceará: ‘Lula está preso, babaca’. Será uma batalha para ver quem ocupa mais espaço na mídia.

O próprio Palácio do Planalto sabe, porém, que não angaria simpatias dos grandes veículos de comunicação social. O Sistema Globo (televisão, rádio, jornal e site) é um exemplo. Há ainda dois grandes portais (Uol e Estadão.com), que viram as costas para o governo. Afora o lado ideológico, há outro detalhe – o das verbas publicitárias.

Não precisa ser um gênio para entender que essas empresas, verdadeiras potências da informação, não sobrevivem com cortes virulentos da mídia. E o governo, que tem as chaves dos cofres de estatais como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios, sabe disso.

Ciente da situação, Bolsonaro dará um passo atrás nas críticas que dirigiu à mídia não apenas no período eleitoral, como também, e principalmente, após a posse. O Planalto contabilizou os resultados de entrevistas ‘exclusivas’ ao SBT, Record e Bandnews. E concluiu que um ‘sim’ dessas emissoras vale meio ponto numa escala de 1 a 10, enquanto a Globo, sozinha, bate nas três. Extrapola tanto que já falam em ampliar a escala. O que seria 10, passaria a vigorar como 20.

O deputado Delegado Waldir quer mostrar serviço. O PSL, que ele comanda na Câmara, também. Mas quer contrapartida. O mercado publicitário está faminto e ferido. E uma fera nessas condições arrisca tudo para sobreviver. Delegado Waldir tem motivos de preocupações. E teme que os dados sobre a família Bolsonaro colhidos num gesto criminosos na Receita Federal possa, caso venham à tona, servir de ingrediente para desestabilizar o governo.

Bolsonaro, essa é a opinião do líder peselista, será alvo de muitas armadilhas. Até mesmo o Orçamento Impositivo, que voltará à Câmara após aprovado pelo Senado, pode ser usado como pretexto para um eventual impeachment do presidente da República. A esquerda, lembra Delegado Waldir, sabe fazer barulho. E os aliados do Planalto devem estar preparados para rechaçar qualquer ataque, para que evitar que campanhas do tipo #forabolsonaro ganhe as redes sociais.

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