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Decisão tomada

Trump prepara a queda de Maduro. Ou sai ou tiramos

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Autor/Imagem:
Bartô Granja

Os Estados Unidos estão trabalhando em diferentes cenários para a mudança de regime na Venezuela. A ordem do presidente Donald Trump e tirar Nicolás Maduro do poder. Ou sai por bel, ou será arrastado à força.

Esse quadro de tensão foi desenhado nesta quinta, 7, pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, após uma reunião do Ministério da Defesa em Moscou.

Os russos, porém, disse Zakharova, não permitirão qualquer ato hostil contra a Venezuela. Maduro tem sido rejeitado pela grande maioria dos países. Mas tem apoio formal da Rússia, China, Irã e Turquia.

“Há sinais claros de Washington sobre a possibilidade de usar a força para derrubar as autoridades legais, inclusive por meio de invasão militar direta. Isso está sendo dito abertamente na Casa Branca”, afirmou a porta-voz.

Zakharova sublinhou que “esse tipo de declaração da boca dos oficiais americanos é uma violação direta da Carta da ONU, ordenando que seus membros se abstenham da ameaça ou uso da força nas relações internacionais”. Segundo ela, Washington espera apenas sinal verde do Brasil e da Colômbia para enviar suas tropas à Venezuela.

Segundo Zakharova, a decisão sobre o uso da força já foi tomada por Washington, “tudo mais nada mais é do que uma operação de cobertura”.

Ainda de acordo com a porta-voz da chancelaria russa, os Estados Unidos incitaram os militares da Venezuela a cometer crimes, prometendo anistia por trair as autoridades do país.

“Washington se voltou para as ameaças diretas de sanções às forças armadas venezuelanas, que permanecem leais ao governo legítimo. Essa é apenas uma leitura nova e diferente da abordagem ‘cenoura e bastão’. Por um lado, elas ameaçam uma possível punição. Por outro lado, eles prometem uma recompensa em potencial”, observou Zakharova.

Na quarta-feira, 6, o assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton, disse que Trump estava disposto a renunciar a sanções punitivas contra oficiais militares venezuelanos se prometerem lealdade ao líder da oposição Juan Guaido, que se proclamou presidente interino do país latino-americano.

A crise na Venezuela se intensificou quando o líder da oposição, Guaido, proclamou-se presidente interino da Venezuela em 23 de janeiro, depois que a Assembléia Nacional, controlada pela oposição, declarou que Maduro havia usurpado o poder .
Maduro chamou Guaido de fantoche dos Estados Unidos e acusou Washington de tentar realizar um golpe de Estado na Venezuela.

A Rússia, que comanda uma ofensiva em defesa de Maduro, o México e o Uruguai, além de Cuba, Irã e Turquia, estão entre os que manifestaram seu apoio a Maduro como o único presidente legítimo do país e expressaram prontidão para agir como mediadores no conflito entre o governo e a oposição.

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