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Chaga transmissível

Trump se enforcará na corda com que quer enforcar meio mundo

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Misael Igreja - Foto Reprodução MSN News

Os tarifaços de Donald Trump – com mais a pressão desta quarta, 9, sobre Pequim, elevando a taxação para 125% – serão a corda com a qual ele em breve será enforcado. É uma questão de tempo. Para sorte dos bobos, como alguns avaliam a maioria dos brasileiros, Donald Trump e Elon Musk não são eternos. Muito pelo contrário. Graças aos deuses do Olimpo e aos curandeiros de chagas transmissíveis, daqui a 3 anos e 8 meses ambos estarão fora da Casa Branca. Pelo bem da humanidade, particularmente dos norte-americanos e dos chineses, da paz e do amor, eles se transformarão no pó do que o gato enterrou nos fundos da House White. Com muita sorte, não precisarão morrer para pagar por todos os males que vêm causando ao mundo. Serão punidos pelos próprios homens da Terra, inclusive por aqueles que hoje lhe prestam vassalagem.

É assim que a banda toca para aqueles que não passam de marketing fajuto, falam muito, mentem sempre e normalmente acabam esgotando seus estoques de mentiras. Nesse dia, sem chance de recuo, talvez percebam que o ideal dos loucos seria não perder o equilíbrio. Musk e seus asseclas espalhados pelo planeta não conseguiram se equilibrar na tênue linha entre a governança, a bagunça e a lambança. Aos que não comem no mesmo prato craquelado dessa turma, restará a certeza de que ninguém chegará ao céu sem passar antes pelo inferno.

O mundo é redondo e, por isso, dá voltas em volta dos que foram acostumados a andar em círculo. Acreditem se quiserem, mas não há hipótese de o sucessor de Trump derivar daquele protozoário conhecido por comedor de cérebros. Aí, a paz voltará a reinar nos cinco continentes. Com todo respeito às decisões monocráticas dos fujões, me preocupa antecipadamente o que será feito do ainda deputado Eduardo Bolsonaro caso os democratas recuperem o poder nos Estados Unidos. Voltará a fritar hambúrgueres ou insistirá em fechar o STF com a ajuda de um soldado e de cabo?

Acho que nenhuma das duas hipóteses. Com a ideia fixa de “capturar” Alexandre de Moraes na curva, o filho dele que fugiu da luta provavelmente aproveitará uma carona nas naves de papel de Elon Musk e partirá para a Sibéria, onde, a pedido de Vladimir Putin, talvez consiga realizar o sonho de ser embaixador. Até lá, mesmo se achando o melhor amigo de Tio Sam, terá de dançar conforme a música no país onde, na verdade, não passa de um ilustre desconhecido. Sobre o temor, pavor ou rancor do ministro xerifão, vale repetir o que escreveu Vital R. Vasconcelos Junior em um desabafo publicado em um jornal brasiliense.

Segundo o cidadão, o problema do bolsonarismo é a ausência de moral e não a presença de Moraes. Como diz o velho ditado, árvore ruim não dá bons frutos. Voltando a Donald Trump, não há como não amaldiçoar sua forma de governar a maior economia do mundo. Entretanto, quem faz o mal deve estar sempre preparado para receber coisa pior. Seria Eduardo Bolsonaro? Não sei! O que sei é que nada como um dia atrás do outro e uma noite no meio para que saibamos que a casa cai para todos os que se revestem de um poder passageiro, mas se acham deuses supremos. Reitero que o tarifaço terá volta. Ele será a corda com a qual Trump se imagina enforcando meio mundo.

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Misael Igreja é analista de Notibras para os cenários político, social e econômico

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