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Servidor invade Assembleia e Paraná desiste do pacotaço

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O governador do Paraná Beto Richa (PSDB) retirou nesta quinta-feira 12, da Assembleia Legislativa, o projeto que previa uma série de medidas arrocho nos servidores públicos, em especial professores e profissionais da Secretaria de Saúde. A decisão foi tomada após a Casa legislativa ser invadida por servidores em fúria.

O projeto será revisto “em virtude das manifestações ocorridas, também para garantir a integridade física e segurança das senhoras e senhores parlamentares”, informa comunicado emitido pela Casa Civil.

Com a invasão, policiais que isolavam a Alep fizeram o uso de bombas de efeito moral e de balas de borracha. Mesmo assim, os manifestantes seguiram em frente e só começaram a deixar o local quando foi anunciada a retirada do pacote de medidas. O deputado Tadeu Veneri (PT) negociou com os manifestantes a saída dos parlamentares do prédio.

A Polícia Militar informou que seis manifestantes e cinco policiais ficaram levemente feridos e foram atendidos pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate). Além disso, um homem de 61 anos, que estava em frente à Alep, foi levado pelo Siate a um hospital com uma crise de hipertensão. A PM não soube dizer se ele participava dos protestos.

Desde terça, os manifestantes seguem acampados no Plenário e nos corredores da Assembleia Legislativa. Além dos protestos, o descontentamento dos servidores estaduais com o “pacotaço” juntado com outras reivindicações desencadeou uma série de greves nesta semana pelo estado.

A primeira foi a dos professores e funcionários da rede pública de ensino, já na segunda-feira (9), quando iniciaria o ano letivo dos mais de 950 mil alunos. A categoria foi seguida por servidores e docentes das universidades estaduais. Nesta quinta, foi a vez dos funcionários de hospitais estaduais do Paraná entrarem em greve.

Manifestantes comemoram o recuo do Governo do Paraná, entretanto, destacaram que a greve não terminou. “Vamos desocupar a Assembleia, mas a greve não termina. Estamos apenas nos mudando para a praça”, disse a professora de geografia Maiby Balbinot.

Uma reunião entre o governo e 37 deputados estaduais foi realizada na noite de segunda-feira. No encontro, três itens do pacote de medidas, que propõe mudanças nos benefícios do funcionalismo público, foram alterados.

Os benefícios serão mantidos e o plano de carreira dos servidores da educação não sofrerá mudanças. Também no acordo, o governo decidiu não suspender o quinquênio e anuênio, que assegura reajustes automáticos a todo o funcionalismo.

O auxílio transporte para servidores do magistério que estejam afastados do trabalho e o direito a licenças, cuja concessão caberá exclusivamente ao secretário estadual da Educação ou diretor-geral da pasta, também será mantido, assim como o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para promoção e progressões.

O “pacotaço” faz parte da segunda etapa de um ajuste fiscal que começou em 2014, com o aumento da alíquota de impostos.

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