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Celulite

Um fantasma que sempre aterrorizou as mulheres

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A celulite não é um problema de pessoas com excesso de peso. De acordo a com diretora-médica da Clínica Feel Good de Madri (Espanha), María Amaro, 90% das mulheres sofrem com esse problema e (por que não?) alguns homens também.

A celulite nada mais é do que a consequência de uma hipertrofia das células adiposas na epiderme, provocada por um desequilíbrio entre o processo de lipogênese (a capacidade de geração de gordura) e o de lipólise (a capacidade de eliminação de gordura).

“Essa hipertrofia faz com que as células acumulem mais gordura do que eliminem, endurecendo assim as fibras de colágeno e aumentando a retenção, não só de água, mas também de toxinas”, esclarece a médica.

Diferentes fatores influenciam o seu aparecimento: hereditários, falta de exercício, depressão, estresse, doenças da tireoide, má alimentação, excesso de sal e alguns medicamentos, além de fatores secundários, como o uso de salto alto, roupa justa e até postura corporal equivocada.

“O surgimento da celulite varia de pessoa para pessoa e é um processo crônico que progride com o tempo. No entanto, é possível prevenir ou reduzir sua evolução”, afirma María.

Estabelecer uma rotina diária de exercícios, hidratar o organismo e ter uma alimentação saudável, a base de verduras e alimentos que nos ajudem a eliminar toxinas, são algumas das recomendações. De acordo com a especialista, a mesoterapia é um tratamento com fins estéticos e terapêuticos “que consiste na administração intradérmica de fármacos específicos que diminuem a gordura localizada, eliminam a celulite e firmam a região tratada com resultados altamente eficazes, quando combinado ao exercício físico”.

Estudos recentes mostram que o ferro e seu acumulo no tecido adiposo podem provocar um alto efeito tóxico que altera o pH da região e produz inflamação, promovendo o aparecimento da celulite branda, a mais difícil de eliminar.

Conforme uma pesquisa do médico italiano Pasquale Motolese publicada na revista “The European Journal of Aesthetic Medicine and Dermatology” (EJAMeD), intitulado “Extracellular iron toxicity as a determinant physiopathological model for so-called ‘cellulite’” (Toxicidade do ferro extracelular como modelo fisiopatológico da chamada ‘celulite’”, graças a biópsias realizadas em pacientes com celulite, foi possível encontra depósitos de ferro e hemossiderina na matriz extracelular, que induziam à formação de radicais livres e perpetuavam a inflamação crônica e a acidose.

A médica Paula Rosso do Centro Médico Lajo Plaza, também em Madri, é especialista em um tratamento de mesoterapia de ação quelante – eliminadora do ferro – e alcalinizante, que equilibra o pH alterado e é “capaz de combater a acumulo de ferro e, com isso, acabar com essa celulite branda”.

“O ferro vai exercendo, de forma gradual e contínua, uma ação tóxica no tecido adiposo subcutâneo que desencadeia todos os processos que conduzem à celulite. Desta forma, a função fisiológica dos adipocitos do tecido adiposo subcutâneo fica alterada, provocando, que não só apareça a celulite branda, como se torna muito difícil de eliminar com técnicas convencionais”, esclarece Paula.

Este novo tratamento normaliza o pH alterado e o reequilibra, produz um efeito antioxidante, reestrutura as proteínas, limpa o meio extracelular e elimina o ferro, além de reduzir o dióxido de carbono.

O médico Ángel Luis Sierra, da Clínica Londres, na capital espanhola, adverte que não se deve confundir flacidez com celulite, já que elas têm origem diferente e, portanto, tratamento diferente.

“O normal é que a celulite venha acompanhada de flacidez, pois o peso dos líquidos retidos na região afetada e o tecido adiposo acumulado faz com que a pele ceda e se solte” explica Sierra.

Além da mesoterapia, o médico recomenda a intralipoterapia com Aqualyx como método para combater a celulite, pois “dilui o gordura localizada, infiltrando uma solução micro gelatinosa aquosa e reabsorvível que elimina os típicos acúmulos gordurosos que não desaparecem com o emagrecimento”.

Sierra também aconselha a cavitação, “uma técnica que aplica ultrassons de baixa frequência, ou o método Indiba, que graças a uma corrente de alta frequência aumenta a temperatura dos tecidos, estimulando sua regeneração mediante um aumento da irrigação sanguínea”. De acordo com o médico, provoca um efeito reafirmador.

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